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O líder de uma igreja cristã de Bagdá, capital do Iraque, foi deposto do cargo após o governo de Abdul Latif criar um decreto que possibilitou a interferência do Estado na instituição.
Segundo a ONG Portas Abertas (organização internacional de apoio a cristãos perseguidos pelo mundo), a medida política, que fere princípios constitucionais do país, fez com que Louis Raphael Sako fosse expulso de sua casa.
Ele acredita que o motivo da decisão tenha sido uma retaliação após um pronunciamento pacífico que fez contra um aliado de Latif, Rayan al-Kaldani, idealizador do projeto Babilônia, associado a um partido político que "ignora as minorias religiosas".
O líder religioso disse que solicitou explicações ao governo sobre a medida e aguarda uma resposta. Ele precisou se mudar de Bagdá e atualmente se encontra no Curdistão, de acordo com a ONG.
A organização fez uma declaração oficial, pedindo ao governo que reconsidere a decisão, uma vez que é "uma ação discriminatória contra minorias religiosas não muçulmanas".
“Estamos preocupados com a decisão do presidente, tanto pela falta de resposta aos pedidos de esclarecimento sobre os motivos para essa atitude quanto pelo silêncio do parlamento e do primeiro-ministro que pode resultar em sérios prejuízos para a igreja cristã local”, afirmam os representantes da Portas Abertas.
Segundo a ONG, o decreto é inédito no país e preocupa os cristãos que vivem no Iraque, que está na lista dos 50 países que mais perseguem o cristianismo no mundo.