Personagem
Papa se diz preocupado com desaparecimento de jesuíta na Síria
O papa Francisco expressou preocupação ontem com o destino do jesuíta italiano Paolo DallOglio, desaparecido após uma viagem para a Síria, país em que viveu por mais de 20 anos e de que foi expulso no ano passado.
"Penso no padre Paolo", afirmou o papa durante missa solene realizada na igreja romana barroca de Jesus, por ocasião da festa de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, congregação à qual pertence o pontífice.
Ativistas dizem que DallOglio desapareceu há dois dias após ter ido para a cidade Raqqa, no nordeste do país, onde se encontraria com milícias vinculadas à Al-Qaeda.
Informações contraditórias circulam sobre o estado do jesuíta, conhecido por denúncias contra a repressão do governo sírio e por oferecer ajuda às vítimas das tropas governamentais.
O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que a Santa Sé aguarda informações, e acrescentou que o jesuíta estava na Síria com boas intenções.
"Se o padre DallOglio estava trabalhando em iniciativas para o bem, esperamos que ele as complete. Estamos próximos a ele espiritualmente", disse Lombardi.
Ele descreveu o padre como uma pessoa corajosa, conhecedor da Síria e ciente dos riscos de estar no país.
O Ministério das Relações Exteriores italiano não confirmou o sequestro do religioso. Em 24 de julho, o jesuíta pediu ao papa, em uma carta, que promovesse pessoalmente uma iniciativa diplomática urgente para a Síria.
DallOglio é o fundador de um abrigo no mosteiro de Mar Musa, situado perto de Damasco. O italiano, cujas posições abertas ao diálogo entre cristãos e muçulmanos incomodam setores extremistas, também critica os bispos católicos sírios ligados ao regime.
Folhapress
Conhecido pelo culto à própria imagem, o presidente sírio Bashar Assad inaugurou uma conta oficial no aplicativo de fotografias Instagram.
Assim, o herdeiro de Hafez Assad e um dos responsáveis pela guerra que já deixou mais de 100 mil mortos na Síria se junta aos milhões de usuários da rede social para publicar e comentar imagens.
O perfil de "syrianpresidency" no Instagram aplicativo desenvolvido por um brasileiro faz parte da ofensiva de marketing do governo sírio, unindo-se às "tropas" do YouTube, do Facebook e também do Twitter.
Até o fechamento desta edição, o perfil de Assad já tinha 73 imagens e era seguido por mais de 6 mil pessoas. Ele, porém, não seguia ninguém. Assad publica diversas fotografias de sua mulher, Asma. De traje casual, ela aparece reunindo-se com estudantes e abraçando idosas.
De acordo com os relatos da mídia, parte dos comentários negativos era removida. Restavam dezenas de mensagens de apoio ao líder sírio. "Nós amamos você", diz um usuário em uma foto de Asma ajoelhada diante de mulheres de véu. Ela veste calça jeans e salto. "Rainha", comenta um outro visitante.
Enquanto isso, um ativista contrário ao governo comentava, no Twitter, que "Bashar Assad me bloqueou no Instagram".
O governo da família Assad é marcado por um uso constante de imagens, a exemplo dos retratos de Bashar espalhados por todo o país, por vezes de óculos escuros.
Para o jornal inglês Daily Mail, Kristyan Benedict, gerente da Anistia Internacional, afirma que "a imagem obviamente faz diferença em um culto à personalidade e a ilusão de relativa estabilidade é importante na estratégia de me ame ou mato você de Assad".
O presidente sírio enfrenta, desde março de 2011, uma violenta insurgência que já custou a ele parte do território do país. A repressão às manifestações, inicialmente pacíficas, motivou a forte crítica internacional e deslocou milhões de civis.
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