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Guerra no Oriente Médio

Líder supremo do Irã convoca boicote econômico contra Israel

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, dirige-se a estudantes iranianos durante um evento em Teerã, Irã, nesta quarta-feira (1º) (Foto: EFE/ Oficina do Líder Supremo do Irã)

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O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, fez um apelo nesta quarta-feira (1º) aos países islâmicos para que boicotem Israel, interrompendo a exportação de petróleo e alimentos para o país devido à guerra em Gaza.

“Os bombardeios sobre Gaza devem ser interrompidos e a exportação de petróleo e alimentos para o regime sionista deve ser bloqueada”, disse o líder religioso em um encontro com estudantes em Teerã.

“Não há necessidade de cooperar economicamente com o regime sionista”, acrescentou, segundo a agência de notícias estatal IRNA.

Khamenei afirmou que este não é um conflito entre Gaza e Israel, mas sim um choque entre “a verdade e a mentira, entre o poder da fé e o poder da arrogância”.

Por isso, considerou que o povo palestino “mexeu na consciência humana”, razão pela qual mesmo em países ocidentais, como Estados Unidos, França ou Inglaterra, as pessoas saíram às ruas para protestar.

“O mundo do imperialismo deu um passo à frente com bombas, pressão militar, tragédias e crimes, mas é preciso saber que o poder da fé o superará”, disse.

O Irã lidera o chamado Eixo da Resistência, uma aliança informal composta por organizações milicianas como o grupo libanês Hezbollah e os palestinos Hamas e Jihad Islâmica.

Interferência na guerra

O governo do Irã deu a entender nesta quarta-feira (1º) que poderá intervir no conflito de Israel com Gaza se um cessar-fogo não for alcançado em breve, uma vez que considera toda a região como “seu lar”.

Em visita à Turquia, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir Abdollahian, afirmou: "Esta é a nossa região, o nosso lar, e não esperaremos pela permissão de ninguém para lidar com o que acontece no nosso lar”.

“Esperamos que um cessar-fogo chegue em breve e que o 'genocídio' e a violência dos Estados Unidos e de Israel acabem. Se os ataques contra mulheres e crianças continuarem, o custo que pagarão será muito elevado”, disse o ministro em uma coletiva de imprensa ao lado de seu homólogo turco, Hakan Fidan.

No entanto, o ministro ressaltou que seu país tentará primeiro esgotar todos os recursos diplomáticos para alcançar o fim da guerra declarada por Israel contra o terrorismo do Hamas após o ataque sem precedentes da milícia contra o território israelense em 7 de outubro.

"Ontem estive em Doha com uma grande delegação e tivemos reuniões com altos funcionários do Catar e com líderes políticos do Hamas. Fizemos propostas ao Egito e à Arábia Saudita e esperamos poder realizá-las e pôr fim à matança", afirmou Abdollahian.

“De acordo com o que foi dito ontem nas reuniões com os líderes do Catar e do Hamas, se os crimes de guerra não acabarem o mais rápido possível, a situação ficará fora de controle para todas as partes envolvidas na região”, alertou o ministro. (Com agência EFE)

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