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O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse nesta terça-feira (10) estar orgulhoso da juventude palestina pelo ataque surpresa contra Israel, embora tenha negado mais uma vez o envolvimento iraniano nas hostilidades.
“Beijamos a testa e as mãos dos inteligentes e qualificados autores desta operação e da juventude palestina, estamos orgulhosos deles”, afirmou em uma cerimônia de formatura militar.
“Mas o inimigo diz que o Irã está por trás da operação e isso é um erro”, acrescentou a mais alta autoridade iraniana, segundo a agência oficial IRNA.
“Os apoiadores do regime sionista e altos funcionários culpam o Irã por isto. Vocês estão errados. Os palestinos fizeram isso sozinhos”, reiterou Khamenei durante a cerimônia de formatura de cadetes das Academias de Oficiais das Forças Armadas.
Teerã é um dos principais aliados do grupo terrorista islâmico Hamas e lidera o chamado Eixo de Resistência contra o Estado Judeu, seu grande inimigo.
Nesse contexto, Khamenei culpou Israel pelo ataque: “Quando a crueldade e o crime ultrapassam um limite, isso leva a situações extremas e é preciso esperar pela tempestade", afirmou.
O líder religioso considerou que Tel Aviv sofreu um “terremoto” que destruiu “alguns pilares do regime sionista”, que não poderá ser reconstruído “facilmente”.
O jornal americano The Wall Street Journal acusou no domingo (8) Teerã de ajudar a planejar o ataque desde agosto e de dar sinal verde para o seu início.
No conflito, Teerã financia grupos terroristas como o libanês e os palestinos Hamas e Jihad Islâmica para expandir a sua influência regional.
O Irã comemorou o início do ataque do Hamas no sábado com felicitações e fogos de artifício, enquanto o governo expressou seu apoio à “legítima defesa do povo palestino”.
Dias antes do ataque, Khamenei publicou nas redes sociais que “o regime sionista é um câncer que está prestes a ser exterminado pelo povo palestino”.
O brutal ataque do Hamas contra Israel já resultou em mais de 900 mortes no território israelense e em cerca de 2,6 mil pessoas feridas, segundo dados oficiais mais recentes.
Em Gaza, 687 pessoas já morreram e 3,7 mil ficaram feridas por causa dos bombardeios. (Com agência EFE)