O secretário de Estado americano, John Kerry, e ministros das Relações Exteriores das principais potências mundiais se reuniram ontem em Genebra, na Suíça, para tratar das conversas nucleares com o Irã, após relatos de progresso nas negociações para restringir o programa nuclear iraniano em troca de um alívio das sanções ao país.
Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado, disse que Kerry se dirigia a Genebra para "ajudar a estreitar as diferenças", horas após a chegada do chanceler russo, Sergey Lavrov. Kerry afirmou, antes de deixar Washington, que não tinha expectativa de que um acordo pudesse ser alcançado esta semana. No entanto, após conversar com a chefe de política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, decidiu viajar a Genebra para ajudar os negociadores a estreitar as diferenças.
Sólido
O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, foi o primeiro a chegar a Genebra ontem. "Sobre o assunto nuclear iraniano, quero um acordo sólido e estou aqui para trabalhar nesse objetivo", afirmou a jornalistas. Pelo lado britânico, William Hague anunciou que também viajaria para Genebra.
Um diplomata, sob condição de anonimato, disse que o chanceler iraniano e Ashton progrediram em um ponto-chave: a alegação do Irã de ter direito a produzir combustível nuclear por meio do enriquecimento de urânio.
A agência oficial iraniana Irna citou o vice-chanceler do Irã, Abbas Araghchi, dizendo que o direito do Irã para enriquecimento de urânio deve ser parte do acordo. "Vamos definitivamente nos opor a demandas excessivas", afimou Mohammad Javad Zarif, chanceler do Irã.