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Governo da Polônia organizou vários outros eventos no país para dar boas-vindas aos soldados americanos. | Robert Siemaszko/Ministério da Defesa da Polônia
Governo da Polônia organizou vários outros eventos no país para dar boas-vindas aos soldados americanos.| Foto: Robert Siemaszko/Ministério da Defesa da Polônia

Líderes da Polônia deram boas-vindas a soldados dos EUA neste sábado (14), classificando a chegada das tropas ao país como um sonho de décadas.

A cerimônia, na cidade de Zagan, acontece cerca de 23 anos após os últimos soldados soviéticos terem deixado a Polônia.

Também marca um momento histórico: esta é a primeira vez que forças ocidentais estão sendo mobilizadas de forma contínua para os países do Leste Europeu que fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A mobilização enfureceu Moscou.

“Esperamos por vocês por muito tempo”, disse o ministro da Defesa polonês, Antoni Macierewicz. “Esperamos por décadas, às vezes sentindo que tínhamos sido abandonados, às vezes quase perdendo a esperança, às vezes sentindo que éramos os únicos protegendo a civilização dos ataques do leste.”

Tropas

Foi enviada ao país uma brigada blindada de 3.500 soldados de Fort Carson, Colorado. A mobilização é uma resposta à anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, e ao apoio de Moscou a insurgentes separatistas no leste da Ucrânia. Isso causou preocupação na Polônia, nos Países Bálticos e em outros países do Leste Europeu que já estiveram sob controle de Moscou.

O governo da Polônia organizou vários outros eventos no país para dar boas-vindas aos soldados americanos, inclusive no centro de Varsóvia. “Este é um dia importante para a Polônia, para a Europa e para nossa defesa comum”, disse a primeira-ministra polonesa, Beata Szydlo.

Os soldados devem se espalhar por sete países, da Estônia até a Bulgária, para realizar exercícios. Uma unidade central ficará na Alemanha. Após nove meses, os soldados serão substituídos por outra unidade.

A Otan também vai enviar quatro batalhões multinacionais para o Leste Europeu ainda este ano, um para a Polônia e os outros três para cada um dos Países Bálticos.

A Rússia disse que a mobilização é uma ameaça à sua segurança e seus interesses.

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