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Líderes da União Européia (UE) realizam amanhã encontro, presidido pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, para avaliar as relações com Moscou. O grupo tem opções limitadas para punir a Rússia pela invasão à Georgia. os russos também reconheceram a independência da Abkazia e Ossétia do Sul. Representantes da UE disseram que os líderes do bloco devem optar pela pressão diplomática para isolar a Rússia.

Os 27 líderes europeus devem reiterar o forte apoio integridade territorial da Geórgia e oferecer nova ajuda humanitária e econômica ao país. O grupo estuda um apoio de 12 milhões de euros (US$ 18 milhões) para ajudar na reconstrução da infra-estrutura da Georgia. Com isso, pretendem devem sinalizar que será impossível manter relações com o país enquanto as tropas violarem o acordo de cessar-fogo.

"O compromisso da Rússia de manter uma relação de entendimento e cooperação com o resto da Europa está em dúvida", escreveu Sarkozy em uma carta endereçada aos líderes europeus antes do encontro nesta segunda-feira. "Cabe à Rússia hoje fazer uma escolha fundamental" e levar vizinhos e parceiros a concluir o conflito pacificamente, afirmou o presidente francês na carta, cuja cópia foi obtida pela Associated Press.

Sarkozy, que atualmente preside a UE, escreveu ainda que os líderes devem "examinar seriamente as relações da União Européia com a Rússia" e enfatizou que o grupo deve mandar uma mensagem "clara e unificada" para Moscou. Segundo ele, os europeus devem insistir para que a Rússia retire as tropas da Georgia.

Dentre as possíveis sanções contra a Rússia, os europeus poderiam boicotar as Olimpíadas de Inverno de 2014 no país ou paralisar das conversações para firmar uma ampla parceria econômica com Moscou. Entretanto, é pouco provável que a UE adote tais sanções. Isso porque a Rússia é grande fornecedora de energia para a UE, como observou o ministro das Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner. O petróleo russo corresponde a um terço do volume total consumido pela Europa e o gás natural, 40%. Uma dependência, que segundo a Comissão Européia, tende a aumentar significativamente no futuro. (Fabíola Gomes)

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