Os líderes da União Europeia (UE) iniciaram uma cúpula em Bruxelas, nesta quinta-feira (21), com o objetivo de retomar a discussão sobre o envio de armas para a Ucrânia, pauta permanente na agenda do bloco desde praticamente o início do conflito no leste europeu.
Os dois anos de guerra enfraqueceram Kiev, que tem enfrentado desafios dentro de suas fileiras para conter as tropas russas. Tal situação tem levado o governo ucraniano a pressionar cada vez mais seus aliados por envio de ajuda.
Nesta manhã, Moscou lançou um ataque com mísseis contra Kiev, ferindo pelo menos 10 pessoas e danificando edifícios residenciais e instalações industriais.
O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell , alertou na terça-feira (19) que uma vitória russa na Ucrânia teria consequências para todo o continente. “Se a Ucrânia se rendesse, um regime fantoche seria instalado em Kiev e o povo ucraniano seria esmagado. O exército russo estará nas nossas fronteiras e podemos ter certeza de que não irá parar aí”, disse ele.
As duas pautas principais da reunião em Bruxelas serão a de como financiar mais armas para a Ucrânia e fortalecer a indústria de defesa europeia.
Um dos planos em discussão entre as autoridades está a de usar os rendimentos dos fundos russos congelados na UE devido às sanções adotadas em 2022. É estimado que exista o equivalente a cerca de 230 milhões de dólares retidos no bloco, gerando dividendos de mais de dois milhões de dólares anualmente.
A partir disso, os líderes vão discutir uma proposta para atribuir 90% dos lucros gerados por esses ativos ao Fundo Europeu de Apoio à Paz , que financia a compra de armas à Ucrânia. Os outros 10% iriam para um fundo da UE para fortalecer as capacidades da indústria de defesa da Ucrânia.
Em fevereiro, a UE aprovou um novo pacote de ajuda a Kiev de 50 bilhões de euros. O primeiro desembolso - de 4,5 bilhões de euros - foi anunciado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta quarta-feira (20).
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