Greenpeace protesta em frente ao prédio em que ministAra dinamarquesa do clima articulava pré-acordo| Foto: Jens Astrup/AFP

Metas

Lula insiste em que governos cheguem a um entendimento

Das Agências

Roma - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reluta em aceitar que a conferência do clima em Copenhague, em dezembro, deva terminar sem um acordo com metas para conter o aquecimento global, mesmo após os EUA e países asiáticos decidirem, domingo, protelar o compromisso ao menos até 2010.

Para Lula, que pela primeira vez afirmou veementemente que irá à Dinamarca, é possível reverter o último revés usando a proposta de cortes de emissão de gases-estufa colocada pelo Brasil na última sexta para pressionar os grandes emissores – EUA e China, sobretudo. "Isso só pode ser resolvido quando sentarmos para conversar’’, disse o presidente em Roma, onde discursou na FAO (braço da ONU para alimentação).

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São Paulo - Ontem, no dia seguinte ao anúncio do fracasso prematuro da conferência do clima de Copenhague, líderes mundiais já começaram a debater qual deve ser o novo prazo para o acordo contra o aquecimento global.

Enquanto a Convenção do Cli­­ma das Nações Unidas defende que a decisão não atrase mais que seis meses, os dinamarqueses, an­­fitriões do encontro no mês que vem, sugerem que a decisão final seja tomada só no fim de 2010.

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O premiê dinamarquês, Lars Rasmussen, viajou a Cingapura no fim de semana para anunciar o adiamento juntamente com o pre­­sidente dos EUA, Barack Oba­­ma. Disse que o resultado da con­­fe­­rên­­cia de Copenhague será um do­­cu­­mento "de cinco a oito páginas’’.

Rasmussen vem há alguns meses defendendo um acordo po­­lítico – enquanto sua ministra do Clima, Connie Hedegaard, vi­­nha pressionando por um acordo legal. "Acredito que um acordo po­­liticamente vinculante com compromisso específicos para mitigação e financiamento forneça uma base forte para ação imediata nos próximos anos’’, disse a ministra.

Uma fonte que teve acesso ao documento proposto por Ras­­mussen, porém, afirmou à reportagem que se trata de uma declaração de intenções, sem números para corte de emissões dos países desenvolvidos nem para financiamento. São esses os dois maiores entraves a um tratado completo e legalmente vinculante em Copenhague.