Líderes dos grupos rivais palestinos Fatah e Hamas partiram nesta terça-feira para a Arábia Saudita, onde vão negociar para tentar encerrar os conflitos e formar um governo de união que pode acabar com o embargo ocidental.
Esforços anteriores para conter os combates e encontrar uma base política comum resultaram em tréguas que duraram pouco e em uma ameaça feita pelo presidente Mahmoud Abbas, do Fatah, de convocar nova eleição - que o Hamas afirma ser uma tentativa de golpe.
Para complicar os esforços de mediação sauditas, Israel e Estados Unidos não querem que Abbas concorde com um governo de união que não reconheça o estado judeu, não renuncie à violência e não aceite os atuais acordos de paz.
- Prometemos ao nosso povo que faremos tudo o que pudermos e faremos todos os esforços a fim de chegar a um acordo palestino para a formação de um governo de união'', disse o primeiro-ministro Ismail Haniyeh, do Hamas.
Em declarações feitas na fronteira de Gaza com o Egito, de onde deverá voar para a Arábia Saudita, Haniyeh disse estar otimista em relação a um acordo que "cure as feridas, encerre as tensões e reforce a união nacional''.
As mortes de três palestinos na segunda-feira, em consequência de ferimentos sofridos nos combates entre facções, elevaram para 90 o número de vítimas fatais dos conflitos internos desde dezembro, quando Abbas levantou a perspectiva de eleição antecipada.
Abbas e o chefe intelectual do Hamas, Khaled Meshaal, que mora em Damasco, deverão fazer uma reunião separada na cidade sagrada de Meca.
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