Os líderes do G8, o grupo dos sete países mais industrializados e mais a Rússia, iniciam nesta quarta-feira (6) cúpula sob protestos de grupos antiglobalização e em meio a disputas internas sobre a luta contra a mudança climática e a oposição russa ao escudo antimísseis dos Estados Unidos.
A reunião começa com um jantar informal. Mas antes haverá um almoço de trabalho entre dois dos protagonistas: a chanceler federal alemã, Angela Merkel, que ocupa a presidência do G8, e o presidente americano, George W. Bush.
Angela Merkel tenta chegar a um acordo com Bush sobre a mudança climática. Os EUA se opõem a um compromisso para a redução de emissões de CO2 e a um sistema de compra e venda de direitos de emissões.
A discussão entre Merkel e Bush pode definir o nível de progresso que poderá ser atingido na área ambiental na cúpula de Heiligendamm.
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, dará uma entrevista coletiva no início da tarde, dizendo o que espera da cúpula.
A reunião deve renovar o compromisso com a ajuda ao desenvolvimento da África, além de um incentivo político à retomada da Rodada de Doha para a liberalização do comércio internacional. O objetivo é concluir as negociações até o fim do ano.
No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, roubou a cena com as suas advertências de que a Rússia pode apontar seus mísseis para a Europa, caso os EUA mantenham os seus planos de montar elementos de seu escudo antimísseis na Europa central e oriental.
A cúpula de Heiligendamm será marcada também pelos protestos contra o G8.
Manifestações
As manifestações contra a reunião se concentram na cidade vizinha de Rostock. Os manifestantes podem tentar se aproximar do perímetro de segurança estabelecido em torno do local das reuniões.
Um enorme boneco de plástico, representando um bebê africado, flutua diante de uma lancha de policiais patrulheiros no Rio Warnow, em Rostock.
Artistas do projeto "A arte viaja a Hollywood", que se ocupa do tema sobre a África no G8 organizaram a forma de protesto. O boneco representa os refugiados.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião