O deputado democrata Ed Perlmutter, representante de Aurora (Colorado) no Congresso dos Estados Unidos, pediu ontem aos congressistas norte-americanos que restaurem uma proibição federal da venda de fuzis de assalto, em um momento no qual a polícia investiga o ataque de um atirador em um cinema nos arredores de Denver no qual 12 pessoas foram mortas e 49 ficaram feridas. "Precisamos fazer alguma coisa", disse ele.
No entanto, Perlmutter faz parte de um grupo reduzido de políticos norte-americanos a exigir uma resposta legislativa ao massacre no qual o suspeito James Holmes recorreu a um arsenal de armas compradas legalmente para abrir fogo dentro de um cinema lotado na estreia do filme Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge.
Nem o presidente Barack Obama nem seu virtual oponente nas eleições de novembro, Mitt Romney, mencionaram em algum momento o fato de o acesso fácil a munições e armas de fogo ter sido determinante para o massacre ocorrido na madrugada de quinta para sexta-feira.
Diversos políticos democratas evitaram fazer declarações sobre a possibilidade de se restringir o acesso a armas e pelo menos um republicano alegou que mais vidas poderiam ter sido salvas se alguém mais estivesse armado e participasse do tiroteio dentro do cinema.
Visita
No fim da tarde de ontem, Obama desembarcou em Aurora para reunir-se com familiares das vítimas da chacina. Logo após o massacre, o presidente decretou cinco dias de luto no país e cancelou a agenda de campanha eleitoral.
Mais cedo ontem, a polícia de Aurora informou que o homem suspeito de ser o autor do massacre é mantido em confinamento solitário "para sua própria segurança". James Holmes, 24 anos, foi preso pouco depois do ataque contra a plateia em uma sala de cinema em Aurora, nos arredores de Denver.
A imprensa norte-americana noticiou que Holmes tentou se associar a um clube de tiro na cidade de Byers, em 25 de junho, mas não chegou a ser aceito.