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Tropas do grupo paramilitar Wagner ocupam a cidade de Rostov, na fronteira da Rússia com a Ucrânia.
Tropas do grupo paramilitar Wagner ocupam a cidade de Rostov, na fronteira da Rússia com a Ucrânia.| Foto: EFE / STRINGER

Líderes estrangeiros estão repercutindo as ações mais recentes envolvendo o governo de Vladimir Putin e o grupo paramilitar Wagner, na Rússia. Entre as ações estão o reforço nas fronteiras e pedidos expressoa para que os cidadãos não viajem à Rússia neste momento. A milícia ocupou instalações estratégicas do exército russo em Rostov, e em resposta o Kremlin ordenou um ataque a um comboio do Wagner que seguia rumo a Moscou, neste sábado.

O grupo Wagner vinha colaborando com o exército russo nas batalhas mais sangrentas da guerra contra a Ucrânia. Recentemente, o líder do grupo, Yevgeny Prigozhin, deu declarações no sentido de que estaria pronto para fazer concessões ao Ministério da Defesa russo, como entregar as armas e “encontrar uma solução em comum para continuar defendendo o nosso país”.

Ucrânia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky classificou o aumento na tensão entre os antigos aliados como um sinal de fraqueza da Rússia. “É uma fraqueza em grande escala. Quanto mais tempo a Rússia mantiver suas tropas e mercenários em nossa terra, mais caos, dor e problemas terá para si mais tarde. Durante muito tempo, a Rússia usou a propaganda para mascarar sua fraqueza e a estupidez de seu governo. E agora há tanto caos que nenhuma mentira pode escondê-lo”, declarou Zelensky.

Estados Unidos

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse ter conversado com os ministros de Relações Exteriores do G7 e com o alto representante da União Europeia para as relações exteriores. No Twitter, Blinken afirmou que “os Estados Unidos permanecerão em estreita coordenação com aliados e parceiros à medida que a situação continua a se desenvolver”. Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Alemanha declarou que a ministra Annalena Baerbock também discutiu, na manhã deste sábado, a situação do conflito interno russo com os representantes do G7.

Inglaterra

Em entrevista à BBC, o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak disse que vem monitorando o que chamou de “impactos potencialmente desestabilizarores da guerra ilegal da Rússia na Ucrânia”. Ele seguiu, dizendo que acompanha de perto a situação e que está em contato com os aliados do Reino Unido. “Falarei com alguns deles ainda hoje, mas a coisa mais importante que eu diria é que todas as partes sejam responsáveis e protejam os civis”, completou.

O Ministério da Defesa britânico, em um relatório de inteligência, classificou como fundamental o desenrolar das ações em território russo e as atitudes a serem tomadas pelas forças de segurança e pela Guarda Nacional da Rússia. A tomada de cidades russas por forças do grupo Wagner é tida como “praticamente confirmadas” por parte do governo britânico, e é possível que alguns dos integrantes das forças russas “permaneçam passivos, concordando com [o avanço do grupo paramilitar] Wagner”.

Letônia

O governo da Letônia, por meio do ministro de Relações Exteriores do país, Edgars Rinkevics, disse estar acompanhando de perto a evolução da crise na Rússia por meio da troca de informação com aliados. “A segurança na fronteira foi reforçada e os vistos russos estão suspensos temporariamente, assim como a entrada de cidadãos russos em nosso território”, disse o ministro, que reconheceu que até agora não há nenhuma ameaça direta ao território da Letônia.

Estônia

A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, também reconheceu que não há ameaças diretas ao país no momento, mas confirmou que a segurança na fronteira também foi reforçada. “A Estônia está acompanhando de perto o desenvolvimento da situação na Rússia e trocando informações com aliados. Peço ao nosso povo que não viaje para nenhuma parte da Rússia”, apontou.

República Tcheca

O ministro de Relações Exteriores da República Tcheca, Jan Lipavsky, também recomendou que cidadãos do país evitem viagens à Rússia. “Estamos acompanhando de perto a situação na Federação Russa. No que diz respeito à invasão militar em curso da Ucrânia e à possível ameaça de erosão da situação de segurança no país, especialmente para os cidadãos dos países da União Europeia e da OTAN, o nosso forte aviso contra as viagens para a Federação Russa ainda está em vigor”, afirmou.

Lituânia

Gabrielus Landsbergis, ministro das Relações Exteriores da Lituânia, foi mais incisivo em suas declarações e demonstrou claro apoio às ações do grupo de rebeldes. “Durante 100 anos, os lituanos viveram à beira da brutal bandidocracia de Moscou, sabendo que é apenas uma questão de tempo até a próxima implosão caótica. Não estamos distraídos. Vemos claramente em meio ao caos. O objetivo, como sempre, é a vitória e a justiça para a Ucrânia. A hora é agora”, declarou.

Cazaquistão

O gabinete da presidência do Cazaquistão disse, em um comunicado oficial, que o presidente Kassym-Jomart Tokayev conversou por telefone com Putin, que o informou sobre a situação no país. O presidente cazaque reforçou que “os eventos em andamento são um assunto interno da Rússia”. Por fim, o gabinete garantiu que o presidente russo “expressou gratidão pela compreensão do Cazaquistão sobre a situação atual na Federação Russa”.

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