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Líderes estudantis de Hong Kong disseram nesta quinta-feira (4) que analisam a possibilidade de recuar dos locais de protesto nas ruas da cidade, após mais de dois meses de manifestações.

Integrantes da Federação de Estudantes de Hong Kong disseram nesta quinta-feira que avaliam se continuarão ou não com os protestos. A porta-voz do grupo, Yvonne Leung, disse a uma emissora de rádio local que o grupo espera chegar a uma decisão na próxima semana.

Os manifestantes ficaram com poucas opções depois de partidários não terem conseguido estabelecer um acampamento nas proximidades da sede do governo. A ação resultou numa noite de violentos confrontos com policiais, armados com cassetetes e spray de pimenta no início da semana. O apoio da população aos manifestantes tem caído na medida em que o governo, aparentemente, adota a estratégia de esperar que eles desistam dos protestos.

O líder estudantil Joshua Wong, do Scholarism, disse em suas páginas nas redes sociais que seu grupo vai discutir uma decisão em coordenação com a federação de estudantes. Wong, de 18 anos, e outros quatro membros do Scholarism iniciaram uma greve de fome nesta semana para tentar forçar o governo a retomar as negociações a respeito das exigências dos estudantes, dentre as quais está a permissão para que qualquer pessoa se candidate ao cargo de executivo-chefe do território chinês. Pequim exige que os candidatos para o pleito de 2017 devem ser aprovados por um comitê.

A respeito de "sair ou não sair, todas as táticas, todos os métodos, serão considerados", afirmou aos jornalistas Tommy Cheung, outro membro da federação. "A federação vai discutir os próximos passos de nosso plano...No momento, não há uma decisão clara."

A hipótese de recuo começou a ser discutida depois de os fundadores do Occupy Central, que assim como os grupos estudantis tiveram grande importância nos protestos, terem pedido nesta semana que os estudantes encerrassem as manifestações para evitar mais violência. Os três fundadores e cerca de 60 partidários se entregaram para a polícia na quarta-feira, numa medida simbólica para mostrar que querem passar para uma outra fase do movimento, mas a polícia os mandou para casa.

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