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Uma comitiva da União Europeia chegou à Ucrânia nesta quinta-feira (16) para conversar pessoalmente com o presidente Volodymyr Zelensky. Entre as autoridades estão o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente francês Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, que representam as três maiores economias da UE.
Durante a chegada, Macron afirmou que a visita sinaliza “uma mensagem de união” e tem o objetivo de “garantir solidariedade e continuidade do apoio à Ucrânia”. No entanto, membros do governo ucraniano expressaram temor de que os três líderes possam usar a viagem para pressionar um acordo de paz favorável ao regime do presidente russo Vladimir Putin.
O chanceler da Alemanha também demonstrou apoio à Ucrânia durante a visita e afirmou que os alemães continuarão ajudando na resistência à ofensiva alemã “pelo tempo que for preciso”, segundo a agência pública de notícias de Portugal RTP. "Queremos assegurar que estamos organizando ajuda financeira, humanitária, mas também na questão de armamento", completou.
De acordo com a Deutsche Welle, os líderes foram recebidos com sirenes de ataque aéreo na capital ucraniana, já que a Rússia continua sua ofensiva em todo o país. Os visitantes se reuniram com o presidente ucraniano nesta manhã para discutir temas como a crise global de segurança alimentar que tem sido enfrentada desde o início da guerra. Eles também visitaram Irpin, cidade a poucos quilômetros de Kiev que foi palco de diversos combates violentos.
A visita ocorre uma semana antes da cúpula da UE, onde líderes europeus devem discutir mais a respeito do desejo da Ucrânia de ingressar no bloco de 27 países. O tema já foi avaliado pelos integrantes anteriormente e é visto com receio por diversos integrantes do bloco.
No entanto, o presidente da Ucrânia afirma que a integração na União Europeia é o "caminho empreendido" por seu país, que pretende tornar-se um "parceiro confiável" da UE e com plenos direitos. "A maioria da população do continente apoia nossa aspiração", disse Zelensky logo após a reunião com os líderes nesta quinta-feira (16).
O chanceler alemão, Olaf Scholz, também demonstrou apoio para que o Conselho Europeu marcado para amanhã em Bruxelas conceda tal estatuto à Ucrânia, uma vez que os ucranianos fazem parte "da família europeia".