Líderes nacionalistas hindus pediram neste domingo (14) que as conversas de paz com o Paquistão sejam interrompidas após a explosão que matou 9 pessoas e feriu 57 neste sábado, em padaria no Oeste da Índia. O incidente ocorreu na Padaria Alemã da cidade de Pune, a 200 km de Mumbai. Foi o principal ataque terrorista na Índia desde o massacre de Mumbai de 2008. O local é próximo a um retiro internacional de meditação e a um centro judeu, que segundo autoridades foi atacado em 2008 por suspeitos de terrorismo atualmente detidos nos Estados Unidos.
Discussões estão agendadas para 25 de fevereiro, em Nova Deli, constituindo a primeira negociação formal entre as partes desde os ataques de Mumbai. O líder de oposição do partido Bharatiya Janat, Arun Jaitley, disse que "a iniciativa da Índia de manter diálogo com o Paquistão é mal concebida e arriscada". Ele afirmou que a Índia não deveria reatar as relações até que o Paquistão impeça terroristas de se manter em seu território e puna os envolvidos nos ataques de Mumbai. "Terrorismo e diálogo não podem coexistir", criticou. Não houve resposta imediata do governo paquistanês sobre as acusações.
O secretário de assuntos domésticos da Índia, G.K. Pillai, se recusou a relacionar a explosão ao debate, dizendo que "as investigações acabaram de começar".
O ministro do Interior, Palaniappan Chidambaram, visitou neste domingo a padaria onde ocorreu a explosão e hospitais que estão cuidando dos feridos. Ele afirmou à imprensa que os investigadores estão tentando determinar que tipo de explosivo foi usado e como a bomba foi detonada. Forças de seguranças estão em alerta nos aeroportos, estações de trem e mercados do país.
Um estrangeiro está entre os mortos, mas sua nacionalidade ainda não é conhecida, de acordo com Pillai, completando que três vítimas foram identificadas até o momento como indianas. O ministro também comentou que entre os feridos há dois iranianos, dois sudaneses, um taiwanês, um alemão e dois nepaleses. A explosão aconteceu por volta das 7h30 de sábado no horário local. As informações são da Associated Press.