Presidentes e representantes de vários países se posicionaram contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada na madrugada desta quinta-feira (24) a mando do presidente Vladimir Putin.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou Putin de lançar um ataque "não provocado e injustificado" à Ucrânia e de apostar em uma "guerra premeditada" que causará perdas "catastróficas".
"Somente a Rússia é responsável pela morte e destruição que este ataque trará, e os Estados Unidos e seus aliados e parceiros responderão de maneira unida e determinada. O mundo fará com que a Rússia preste contas", disse Biden em um breve comunicado.
O presidente americano declarou ainda que acompanhará a situação da Casa Branca durante a noite e que na quinta-feira de manhã se reunirá com as lideranças do G7 antes de se dirigir aos americanos para "anunciar novas consequências" contra a Rússia por "esse desnecessário ato de agressão contra a Ucrânia e a paz e a segurança globais".
"Também iremos nos coordenar com nossos aliados da Otan para garantir uma resposta forte e unidade que dissuadirá qualquer agressão contra a Aliança", acrescentou o presidente dos EUA.
O presidente da França, Emmanuel Macron, solicitou a realização urgente entre os países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), para discutir o ocorrido.
"O presidente deseja a celebração de uma cúpula da Otan o mais rápido possível", indicaram fontes do Palácio do Eliseu, logo depois de um encontro do chefe de Estado com o Conselho de Defesa e Segurança Nacional francês.
Em comunicado, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu que Putin "leve seus militares de volta". "Por favor, senhor Putin, leve seus militares de volta. Não permita uma guerra na Europa. Esse conflito deve parar agora. Essa guerra não faz sentido e causará um nível extremo de sofrimento. Essas atitudes terão consequências".
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou que o país condena fortemente as ações unilaterais da Rússia. Kishida disse que instruiu as suas autoridades relevantes a fazer todo o possível para garantir a segurança dos cidadãos japoneses na Ucrânia.
Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, também se manifestou sobre a ação. "Condenamos veementemente o ataque injustificado da Rússia à Ucrânia. Nestas horas sombrias, nossos pensamentos estão com a Ucrânia e as mulheres, homens e crianças inocentes enquanto enfrentam esse ataque não provocado e temem por suas vidas. Vamos responsabilizar o Kremlin", escreveu em rede social.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, qualificou a operação militar russa de uma "violação flagrante" do direito internacional, que provocou um "dia sombrio" em toda a Europa. "A Alemanha condena nos termos mais enérgicos possíveis este ato inescrupuloso do presidente (russo, Vladimir) Putin. Nossa solidariedade está com a Ucrânia e seu povo", acrescentou em comunicado.