Líderes mundiais enviaram condolências à população polonesa pela morte do presidente do país, Lech Kaczynski, em um acidente no oeste da Rússia, quando o avião em que viajava caiu com sua comitiva. Eles iriam participar das cerimônias em memória dos 70 anos do massacre de 22 mil poloneses em Katyn por agentes soviéticos. O presidente russo, Dmitry Medvedev, enviou condolências e prometeu trabalhar com a Polônia na investigação do acidente, que matou um total de 97 pessoas, segundo informações recentes do ministro de Situações de Emergência, Sergei Shoigu.
"A Rússia partilha do pesar e luto na Polônia", disse Medvedev, declarando também luto na segunda-feira na Rússia. "Por favor, aceitem minhas mais sinceras condolências ao povo polonês, palavras de compaixão e apoio aos familiares e amigos do que pereceram". Medvedev deve fazer um comunicado ao povo polonês pela TV em duas horas, segundo a porta-voz do Kremlin, Natalya Timakova.
O porta-voz do Departamento do Estado dos Estados Unidos, Philip Crowley, disse em nota que "esta é uma horrível tragédia para a Polônia". "Estendemos ao povo da Polônia nossas mais profundas condolências", diz a nota.
As relações polonesas com a Rússia vêm melhorando após ficarem contaminadas por décadas pelo massacre de Katyn. A Rússia nunca pediu formalmente desculpas à Polônia, mas a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de comparecer à cerimônia no início desta semana foi considerada um gesto de reconciliação. A Polônia, uma nação de 38 milhões de pessoas, é a maior entre os dez países anteriormente comunistas que entraram na União Europeia nos últimos anos. Desde a queda do comunismo, o país tornou-se um forte aliado dos Estados Unidos.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, interrompeu sua campanha na Escócia para prestar homenagem ao presidente polonês morto. "Acredito que todo o mundo está triste e em luto com a morte trágica em um acidente aéreo do presidente Kaczynski e sua esposa Maria e de todos que os acompanhavam", disse. "Sabemos das dificuldades que a Polônia passou e os sacrifícios que ele fez como participante do movimento Solidariedade". "Sabemos da contribuição prestada para a independência e liberdade da Polônia", acrescentou.
O líder do Partido Conservador do Reino Unido, David Cameron, de oposição a Brown, também expressou suas condolências dizendo ser "um dia negro para a Polônia". "Conheci o presidente Kaczynski pessoalmente. Ele era um cidadão polonês muito corajoso, que lutou pela liberdade. Ele sofreu durante o comunismo e sempre manteve-se fiel a suas convicções. É uma grande perda. É um dia muito negro para a Polônia e devemos pensar em todos os que estão sofrendo", afirmou Cameron.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse estar "profundamente consternada pelo acidente e morte do presidente polonês". O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse em nota que "Lech Kaczynski devotou sua vida para seu país. Um defensor incansável das ideias nas quais acreditava, ele sempre batalhou com convicção pelos valores que permitiram sua entrada na política: democracia, liberdade e a luta contra o totalitarismo".
O secretário-geral da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, afirmou que "em nome da Otan, e em meu nome pessoalmente, expresso minhas mais profundas condolências para o povo da Polônia e para os familiares do presidente e de sua esposa e de todos os que morreram nesse terrível acidente. Esta é uma tragédia para eles e para a Polônia. Meus pensamentos estão com eles hoje". As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
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