Estátua da Liberdade é reaberta
A Estátua da Liberdade foi reaberta ontem para visitação depois de o governo do Estado de Nova York ter aceitado financiar o funcionamento do local, que passou os últimos dias fechado por causa da paralisação do governo norte-americano. Ao longo do dia, turistas ansiosos fizeram fila no Battery Park, em Manhattan, à espera das balsas que levam à ilha onde fica o monumento. A visitação à Estátua da Liberdade estava suspensa desde 1º de outubro. Na sexta-feira, o governador Andrew Cuomo anunciou que o Estado de Nova York arcaria com as despesas operacionais do parque, estimadas em US$ 61.600 por dia, a partir de 17 de outubro.
Os líderes democratas e republicanos no Senado dos Estados Unidos não conseguiram alcançar um acordo ontem para evitar um calote da dívida norte-americana e pôr fim a um impasse fiscal entre governo e oposição prestes a entrar em sua terceira semana. A situação motivou protestos em Washington e uma advertência da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.
Depois de uma série de contatos sem resultados entre o presidente Barack Obama e republicanos na Câmara dos Representantes, os líderes da maioria e da minoria no Senado, o democrata Harry Reid e o republicano Mitch McConnell, tentaram superar as divergências entre os dois partidos, mas os contatos terminaram sem uma solução imediata.
"Os norte-americanos querem que o Congresso chegue a um acordo", declarou Reid na abertura de uma rara sessão dominical no Senado, ao se completarem 13 dias de fechamento do governo. Reid abriu a sessão de ontem dirigindo duras críticas aos republicanos, mas afirmou que negociava com McConnell uma saída para reabrir o governo e elevar o teto da dívida.
Ao criticar os republicanos, Reid acusou-os de irresponsabilidade fiscal em gestões anteriores e de terem bloqueado o projeto de lei democrata para a elevação do teto da dívida. A seguir, declarou-se "confiante e esperançoso" em um acordo.
Os republicanos querem um corte de gastos de US$ 986,7 milhões sem mexer nos cortes automáticos de US$ 967 milhões. Os democratas buscam meios de evitar esses cortes, reabrir o governo e também obter um aumento do limite de endividamento.
Protestos
Em Washington, milhares de pessoas convergiram ontem à Casa Branca e a vários dos mais conhecidos monumentos da capital dos EUA em protesto contra o impasse bipartidário que levou à paralisação do governo federal. No Memorial à Segunda Guerra Mundial e no Memorial Lincoln, os manifestantes removeram as barreiras de proteção. Foi a primeira vez desde 1.º de outubro que pessoas comuns entraram nesses locais.
A polícia observou sem reagir e não houve notícia de repressão aos manifestantes. Horas depois, as forças de segurança conseguiram reerguer as barreiras que impediam o acesso aos monumentos. Os protestos foram convocados em meio à indignação de setores mais conservadores da sociedade norte-americana, com cenas de veteranos de guerra impedidos de visitar monumentos construídos em sua homenagem na capital do país.
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