Conflito
Governo do Sudão do Sul retoma importante cidade petrolífera
Tropas do Sudão do Sul recapturaram ontem a importante cidade petrolífera de Bentiu, no norte do país, que estava nas mãos dos rebeldes, após dias de violentos combates que fizeram com que dezenas de milhares de pessoas fugissem da região. O coronel Philip Aguer disse que a capital do estado Unity foi retomada após uma batalha que durou duas horas e meia. O governo disse também que estava mobilizando milhares de soldados adicionais, que devem se juntar à ofensiva contra a cidade de Bor, capital do estado de Jonglei, agora o último reduto dos rebeldes. Na vizinha Etiópia, mediadores regionais disseram estar otimistas com a possibilidade de que os dois lados, reunidos num hotel de luxo em Adis-Abeba, cheguem a um acordo de cessar-fogo e encerrem o conflito.
O presidente interino da República Centro-Africana, Michel Djotodia, e o primeiro-ministro do país, Nicolas Tiangaye, renunciaram ontem. A saída do poder foi anunciada por Ahmat Allami, secretário-geral da Comunidade Econômica de Estados da África Central, em sessão plenária da entidade.
Os líderes de governo deixam o cargo um mês após milicianos cristãos tentarem um golpe contra eles, que pertenciam a um grupo rebelde islâmico que havia derrubado o presidente François Bozizé em março de 2013 e comandavam o país desde então. Os confrontos de dezembro deixaram mais de mil mortos.
Após o anúncio, as ruas da capital Bangui foram tomadas pelo alívio de alguns moradores, que esperam o fim dos combates após a renúncia. A alegria foi maior entre os milhares de refugiados que deixaram suas casas após o início dos confrontos.
No entanto, outro grupo teme que o vazio político abra caminho para o aumento dos enfrentamentos entre os islâmicos e os cristãos, o que pode levar a uma guerra civil. Em dezembro, Michel Djotodia afirmou que não podia controlar a situação no país nos oito meses em que estava no poder.
"Eu não sou Deus, eu espero. Eu sou homem como vocês e esse país tem um território vasto de 623 mil quilômetros quadrados. Vocês podem trazer um anjo do céu para governar esse país que ainda teremos problemas", afirmou.
A República Centro-Africana está mergulhada no caos desde que a coalizão rebelde Seleka, majoritariamente muçulmana, derrubou o presidente François Bozizé em março. A França enviou 1,6 mil soldados para ajudar a estabilizar o país.
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