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Os dois mais poderosos líderes xiitas iraquianos assinaram o seu primeiro acordo escrito, comprometendo-se a evitar derramamento de sangue trabalhando junto para evitar confrontos, disseram autoridades iraquianas neste sábado.

Partidários do Supremo Conselho Islâmico Iraquiano (SIIC) do clérigo Moqtada al Sadr e de Abdul Aziz al Hakim estão disputando uma violenta luta por controle de vilas e cidades no sul iraquiano, região predominantemente xiita.

Analistas políticos temem que a luta por domínio nas regiões do sul, onde as forças norte-americana possuem pouca ou nenhuma presença, irá intensificar antes de eleições provinciais esperadas para o próximo ano.

"Sayyed Abdul Aziz al-Hakim e Sayyed Moqtada al-Sadr concordaram com a necessidade de preservar e respeitar o sangue iraquiano sob quaisquer condições", diz o acordo assinado por Hakim e Sadr e visto pela Reuters neste sábado.

As disputas entre xiitas, árabes sunitas e curdos impediram o progresso em reformas chaves exigidas por Washington.

Os Estado Unidos enviaram mais 30.000 soldados para o Iraque este ano para tentar acabar com a violência partidária e dar a políticos espaço para reconciliar suas diferenças.

O número de civis e americanos mortos caiu significantemente em setembro, mas houve pouco progresso no parlamento e mortes sectárias ainda assolam o país.

O aumento da segurança foi visto como uma tentativa final do exército dos EUA para impedir uma guerra entre a maioria xiita e a minoria sunita

Mais de 1.000 pessoas no bairro predominantemente xiita de al-Washash, em Bagdá, protestaram contra o que eles dizem serem planos dos Estados Unidos de construir um muro em torno de seu distrito, em uma rara manifestação neste sábado.

Carregando uma bandeira iraquiana e faixas condenando o muro, os manifestantes cantavam "Não, não ao muro. Não, não à América".

O exército norte-americano provocou indignação internacional quando no início do ano começou a levantar uma barreira de concreto para proteger um enclave sunita em Bagdá de comunidades xiitas.

O exército dos EUA disse que irá construir muros de concreto em pelos menos cinco bairros para os proteger de tiros como parte de sua ação de segurança.

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