O ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, prometeu renunciar ao cargo caso seja formalmente acusado de corrupção. Durante entrevista coletiva convocada para responder à recomendação da polícia, anunciada no domingo (2), Lieberman disse que não fez nada de errado. "Se eu tivesse de fazer tudo novamente, faria exatamente da mesma forma." Ele afirmou duvidar que venha a ser indiciado. "Mas se isso acontecer, não há dúvida de que renunciarei na mesma hora", prosseguiu. A decisão quanto ao indiciamento do polêmico chanceler cabe ao procurador-geral de Israel, e isso pode levar meses para acontecer.
A declaração vem à tona um dia depois de a polícia de Israel ter recomendado o indiciamento do chanceler por dispor de evidências suficientes para acusar Avigdor Lieberman de ter aceitado subornos e de ter praticado fraude e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. A investigação da polícia se concentra em milhões de dólares que teriam chegado a Lieberman por intermédio de empresas de fachada abertas por ele. A apuração começou em 2006 e abrange eventos ocorridos desde o ano 2000. Caso seja indiciado, vá a julgamento e acabe condenado, Lieberman corre o risco de pegar pena de até 31 anos de prisão.
Lieberman se tornou chanceler de Israel em março, depois de seu partido, o ultranacionalista Yisrael Beitenu, ter ficado em terceiro lugar nas eleições gerais do país. O chanceler e seu partido são alvo de duras críticas por posições amplamente vistas como discriminatórias com relação à minoria árabe de Israel.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano