Diante da contínua onda de repressão na Síria, a Liga Árabe decidiu enviar a Damasco uma missão urgente liderada pelo secretário-geral do grupo, Nabil al-Arabi, a fim de tentar encontrar uma solução para o conflito civil. Neste domingo (28), o governo de Bashar al-Assad proibiu a saída de três opositores do país, enquanto forças de segurança mataram duas pessoas e prenderam dezenas em uma cidade no norte do país.
No Cairo, após uma reunião de emergência, a Liga Árabe expressou em comunicado "grande preocupação" com os acontecimento na Síria. O bloco afirmou que é preciso "pôr fim ao derramamento de sangue e recorrer à razão antes que seja tarde demais".
"A estabilidade da Síria é um pilar fundamental da estabilidade no mundo árabe", diz trecho do texto.
Esta foi a primeira reunião oficial do grupo sobre a Síria desde que as revoltas eclodiram no país em março passado.
Em Damasco, os ativistas Michel Kilo, Loay Hussein e Fayez Sara foram impedidos por autoridades de imigração de viajar para o Líbano, onde participariam de uma mesa redonda em um programa de televisão.
- Esta decisão anula qualquer discurso de transparência e reforma - afirmou Sara. - Não tem justificativa, é ilegal.
No norte da Síria, forças de segurança mataram duas pessoas e prenderam dezenas durante varreduras em casas na cidade de Khan Sheikon.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que também ocorreram prisões similares na cidade de Deir el-Zour e houve relatos de tiroteio em diversas parte do país.
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