Cairo Grandes divergências sobre o grupo terrorista libanês Hezbollah surgiram ontem na reunião de emergência realizada no Cairo, capital do Egito, entre ministros do Exterior de países membros da Liga Árabe.
Há dois grupos com visões muito distintas sobre a legitimidade e, sobretudo, a oportunidade das ações do Hezbollah nos últimos dias no Líbano. Por um lado, países como Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Kuait e os Emirados Árabes Unidos manifestaram seu mal-estar pelo fato de o Hezbollah agir sem consultar sequer o governo libanês. No lado oposto estão Síria, Líbano, Argélia e Iêmen, que definem como "resistência legítima" as ações do Hezbollah e acreditam que o grupo está defendendo a soberania do país.
Entre os dois grupos está o Sudão, que exerce a presidência rotativa da Liga Árabe e tenta obter um comunicado de consenso a ser assinado por todos os participantes. O comunicado condenaria os ataques de Israel e pediria ao Hezbollah que se coordene com o governo libanês.