A Liga Árabe pediu hoje (14) ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para impor um cessar-fogo obrigatório a todas as partes envolvidas no conflito na Síria.
O apelo faz parte de um relatório sobre a situação dos refugiados sírios que o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al Arabi, distribuiu aos ministros da Saúde árabes reunidos hoje no Cairo, Egito.
O texto pede ao Conselho de Segurança para intervir de forma firme na Síria, de acordo com os instrumentos de que dispõe conforme a Cláusula 7ª da Carta das Nações Unidas.
A Cláusula 7ª permite "o uso de todas as medidas necessárias para restaurar a paz e a segurança internacionais", o que inclui uma intervenção militar.
As tréguas negociadas durante o conflito pelos mediadores internacionais foram violadas tanto pelas tropas de Damasco como pelas forças rebeldes.
O relatório da Liga Árabe pede também à comunidade internacional que assuma responsabilidades e aumente a ajuda aos refugiados sírios que ultrapassam já 1 milhão de pessoas, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
A organização reunida no Cairo recordou ainda que os Estados vizinhos da Síria, membros do organismo, como o Líbano, a Jordânia e o Iraque necessitam de apoio econômico para ajudarem os refugiados.
Para apoiar os países que fazem fronteira com a Síria, os ministros da Saúde árabes decidiram doar US$ 800 mil para assistência médica de urgência destinada aos refugiados.
Na sexta-feira (15), completam dois anos do conflito sírio que deu origem a uma guerra civil que já causou mais de 70 mil mortes.