O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, pediu nesta sexta-feira (6) ao líder do grupo palestino Hamas baseado em Damasco que pedisse empenho à Síria a fim de interromper a violência no país, e disse que nada mais havia a fazer no âmbito de um acordo de paz cujo objetivo era acabar com a repressão a manifestantes que protestam contra o governo. Elaraby fez a declaração ao lado do líder do Hamas, Khaled Meshaal, depois de uma reunião no Cairo. "Eu lhe passei uma mensagem para ser entregue às autoridades sírias, de que é preciso trabalhar com integridade, transparência e credibilidade para parar a violência que está ocorrendo na Síria", disse Elaraby. A Liga Árabe enviou monitores à Síria para vistoriar o cumprimento de uma promessa para acabar com a violência contra as manifestações pró-democracia, que já duram dez meses.
Elaraby disse que ainda havia trabalho a ser feito, segundo o acordo entre a Liga e a Síria, para reduzir a presença militar nas cidades e libertar milhares de pessoas detidas desde o início do levante, em março.
"Os observadores estão se esforçando para efetivar isso: conseguir a suspensão da violência, obter a libertação dos detidos, obter a retirada dos veículos (militares). Portanto, há trabalho", disse.
Ele também afirmou que os monitores árabes estavam agora na Síria "para empreender uma missão que é maior do que a que lhes foi pedida", mas não entrou em detalhes.
Elaraby disse que Meshaal teve um papel ao convencer o governo sírio a assinar o acordo com a Liga Árabe.
"Desde o início da crise, nós no Hamas e eu, pessoalmente, fizemos um esforço enorme para resolver a crise por meio de uma solução política, e mantemos esses esforços", disse Meshaal. A Síria abriga a maior sede do Hamas depois da Faixa de Gaza.
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