Ministros das Relações Exteriores árabes se encontrarão neste domingo (8) para discutir se devem pedir ou não à ONU (Organização das Nações Unidas) uma ajuda à missão na Síria, que não encerrou uma repressão que já dura dez meses a protestos anti-governo, um evento que já deixou milhares de mortos. A proposta do Catar é convidar técnicos da ONU e especialistas em direitos humanos para ajudar supervisores árabes a avaliar se a Síria está honrando com a promessa de interromper a repressão, disseram fontes da Liga Árabe. Uma fonte afirmou que pode pedir para que o grupo da ONU na missão seja formado por árabes. Os chanceleres, que levarão em consideração um relatório inicial dos supervisores, também discutirão medidas para permitir que a missão opere mais independentemente em relação às autoridades sírias, informaram fontes da Liga Árabe. A violência continuou desde que os monitores começaram a trabalhar na Síria, no dia 26 de dezembro, com o relato de muitas mortes. O primeiro-ministro do Catar, xeique Hamad bin Jassim al-Thani, afirmou que a Síria não está implementando o acordo e que os supervisores não podiam ficar no país "perdendo tempo". O Exército sírio não se retirou das cidades e não houve fim da repressão e das mortes, disse. Fontes na Liga Árabe disseram que ministros devem reafirmar o apoio aos supervisores, resistindo aos pedidos para encerrarem o que partidários pró-democracia da Síria chamam de uma missão sem propósito e que meramente dá mais tempo para o presidente Bashar al-Assad reprimir seus opositores. A Síria afirmou que está ajudando os supervisores no que eles precisam. "O que estamos buscando é objetividade e profissionalismo", afirmou na semana passada o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Jihad Makdesi. Ninguém deve "correr para dar veredictos" aos feitos da missão, afirmou o chefe da sala de monitoramento de operações na sede da Liga Árabe, Adnan al-Khudeir. Ele afirmou que a comissão que observa os supervisores tem total apoio da Liga. A ONU afirmou que mais de 5.000 pessoas foram mortas na revolta contra Assad. O Exército da Síria Livre, uma oposição armada composta principalmente por desertores do Exército, juntou-se à revolta. O governo sírio afirma que "terroristas" mataram 2.000 membros das forças de segurança durante os conflitos. A Liga Árabe deu aos supervisores um mês para avaliar se Assad seguiu sua promessa de encerrar a violência, retirando os militares das cidades sírias. Mais monitores com diferentes habilidades e experiência devem chegar à Síria na próxima semana, elevando o número para 150.
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