A atual prefeita esquerdista de Chicago, Lori Lightfoot, perdeu a chance de reeleição na noite de terça-feira (28), após um mandato, ao ser superada por dois adversários que avançaram para o segundo turno.
Lightfoot ficou em terceiro lugar com 16,6% dos votos, atrás do ex-CEO das Escolas Públicas de Chicago, Paul Vallas, que recebeu 35% dos votos, e do comissário do Condado de Cook, Brandon Johnson, que recebeu 20,3%, de acordo com a CBS News Chicago. Como nenhum candidato recebeu mais de 50%, uma eleição de segundo turno será realizada. Vallas e Johnson se enfrentarão em 4 de abril.
Depois de um primeiro mandato turbulento marcado pela reação às restrições da Covid-19 e preocupações com o crime desenfreado, Lightfoot enfrentou um caminho incerto para um segundo governo.
Ex-promotora federal cuja plataforma de campanha no início incluiu a reforma policial e a repressão à corrupção na cidade, Lightfoot navegou para a vitória em 2019 como a opção política de fora, fazendo uma entrada ousada como a primeira mulher negra a liderar a terceira maior cidade dos Estados Unidos. Quatro anos atrás, Lightfoot superou o presidente do Conselho do Condado de Cook, Toni Preckwinkle, com 70% dos votos no segundo turno.
No entanto, neste ciclo, ela teve que lidar com sua popularidade em queda decorrente de sua má gestão do crime e da Covid-19, bem como oito concorrentes, incluindo congressistas democratas como Chuy García, Johnson e Vallas.
Em dezembro de 2021, Lightfoot pediu ao procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, para enviar recursos federais adicionais para Chicago em meio a um aumento no crime e na violência armada. Ela solicitou aos policiais federais que ajudassem o Gabinete do Xerife do Condado de Cook e o Departamento de Polícia de Chicago a rastrear milhares de pessoas procuradas por mandados, bem como a ajudar a combater o tráfico de armas de outros estados para a cidade.
Com o aquecimento da competição, Lightfoot esta semana tentou dar uma guinada de posição quanto à polícia na tentativa de ultrapassar seus oponentes esquerdistas. No sábado, a atual prefeita acusou Johnson de ser um "radical" que "destruiu" a cidade com o corte de verbas para a polícia. Ela havia adotado medidas associadas ao movimento de corte de verbas para a polícia em 2020.
Nos últimos anos, Lightfoot discutiu com o Sindicato dos Professores de Chicago, reduto de ativismo radical, sobre a remuneração e o tamanho das turmas durante a pandemia. Johnson ganhou o endosso do sindicato.
Afastando-se do exemplo dado por outros prefeitos democratas, Lightfoot pressionou em 2022 para reabrir as escolas após a Covid-19. Lightfoot criticou os professores do sindicato por se recusarem a trabalhar por vários dias consecutivos por medo da propagação do vírus, prometendo que ela não permitiria que eles "tomassem nossos filhos como reféns". A prefeita também chamou a greve dos professores, que durou onze dias, de “paralisação ilegal”.
©2023 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.