Nenhum dos 3.522 prisioneiros que receberam o indulto do governo cubano nesta sexta-feira (11) possui indícios de ser prisioneiro político, de acordo com uma análise feita pela Reuters a partir de uma lista de presos políticos divulgada pela organização dissidente Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.
Os membros da comissão disseram que continuam a examinar o documento de 129 páginas publicado pelo governo que enumera todos os nomes dos detidos que serão libertados. Cuba afirmou que concedeu o indulto aos presos por ocasião da visita do papa Francisco ao país, entre os dias 19 e 22 de setembro.
O exame feito pela Reuters mostrou que apenas um dos 3.522 nomes de prisioneiros perdoados parece constar na lista de 60 prisioneiros políticos publicada em junho pela comissão de direitos humanos.
No entanto, a comissão disse que esse nome parece ser uma coincidência, já que as circunstâncias dos casos são diferentes.
A União Patriótica de Cuba (Unpacu), maior organização dissidente da ilha, disse considerar que um dos indultados é um prisioneiro político, por ter desenvolvido um ativismo político dentro da prisão. A comissão de direitos humanos disse que havia excluído este nome da lista por ele possuir um histórico de delitos violentos.
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