O relato do militar Robert ONeill, da unidade de elite da Marinha dos EUA conhecida como SEAL (sigla para "mar, terra e ar"), que revelou na última quinta-feira ao jornal americano Washington Post ter sido autor dos tiros que mataram Osama Bin Laden, não condiz com um livro publicado sobre o episódio, segundo a BBC.
ONeill afirmou ao Post que, quando os SEALs entraram no quarto do líder terrorista, ele era o número dois em posição de atirar e o militar número um errou o tiro. Ele então disparou contra Bin Laden três vezes, até ter certeza de que ele havia morrido. Segundo o jornal, dois soldados que participaram na operação confirmaram a identidade do ex-soldado.
Bin Laden estava escondido em Abbottabad, no Paquistão, onde foi morto em 2011 em uma operação americana. O terrorista fundou o grupo extremista islâmico Al-Qaeda, autor dos atentados de 11 de Setembro nos EUA. Porém, segundo a BBC, o livro Não Há Dia Fácil, de Matt Bissonnette, que também participou da ação, diz que o número um matou Bin Laden.
Porém, o livro, publicado em 2012 sob o pseudônimo de Mark Owen, não identifica o atirador. Em entrevista à rede NBC News na quinta-feira, Bissonnette evitou contradizer o relato de ONeill: "Duas pessoas diferentes contando duas histórias diferentes por duas razões diferentes".