A dois meses de se completarem dez anos da morte da princesa Diana, chega às livrarias a mais completa biografia desse ícone britânico, que mesmo uma década depois continua atraindo a atenção de todo o mundo: "The Diana Chronicles" (As crônicas de Diana) desfaz mitos e lista os casos amorosos da princesa.
O livro foi escrito pela jornalista inglesa Tina Brown, que acompanhou em Londres a ascensão da princesa. E como editora das revistas "Vanity Fair" e "New Yorker", nos EUA, ela também observou bem de perto o auge da fama e a morte inesperada de Diana, tornando-se uma das pessoas que mais sabiam informações e fofocas sobre a princesa.
Os amantes da princesa
Brown se baseia em farta pesquisa documental, em seus quatro encontros com Diana e em mais de 250 entrevistas para listar os muitos amantes da princesa.
O primeiro deles, segundo a autora, foi Barry Mannakee, que havia sido seu guarda-costas, em 1985 (nesse ponto Brown afirma ser impossível que o filho mais novo de Diana, Harry, seja filho de algum de seus amantes, já que ele nasceu em 1984 e seu primeiro caso aconteceu um ano depois).
Após levantar suspeitas na família real, Mannakee foi afastado do trabalho de proteção da princesa, e morreu um ano depois num acidente de motocicleta. A própria Diana, segundo Brown, chegou a comentar que achava que ele havia sido assassinado.
Depois de Mannakee veio James Hewitt, agente de segurança da família real, por quem Diana admitiu ter se apaixonado e a quem Brown credita o amadurecimento sexual da princesa. Os dois se relacionaram entre o final dos anos 80 e o início dos 90. Brown diz também que o relacionamento da princesa com Hewitt tinha uma aprovação silenciosa da realeza britânica.
O terceiro amante, flagrado em uma gravação telefônica tratando Diana carinhosamente, foi James Gilbey, famoso produtor de gin. Em seguida, veio o marchand de artes Oliver Hoare, para quem Brown diz que Diana fazia dezenas de ligações anônimas. Depois ela se relacionou também com o jogador de rugby Will Carling, o que levou a esposa dele a pedir o divórcio, alegando o caso dele com a princesa.
Por último, antes do seu namorado oficial, Dodi Fayed, ao lado de quem morreu no acidente de agosto de 1997, Diana teve uma de suas mais fortes paixões, segundo Brown. Logo ao final do seu processo de separação do príncipe Charles, quando a biógrafa já descreve que Diana havia se tornado uma mulher forte e madura, ela se apaixonou pelo cirurgião indiano Hasnat Khan, descrito por Brown como o "amor da vida dela".
A autora diz acreditar que Charles e Diana realmente estavam apaixonados ao se casarem, em 1981, mas que a relação dos dois havia se tornado profundamente entediante para ambos com o passar do tempo.
É importante lembrar que nenhum dos supostos casos amorosos de Diana, que são listados por este e por outros livros escritos num passado recente, foram confirmados pela princesa em vida.
Sem conspiração
Brown se esforça em desfazer mitos, como as teorias da conspiração em torno da morte de Diana. Segundo ela, o pai de Dodi, com quem Diana namorava quando morreu, sempre aponta para conspirações por não querer admitir sua parcela de responsabilidade pelo acidente.
Numa entrevista recente à revista norte-americana "Newsweek", Brown elencou os erros que levaram à morte de Diana apontando que as pessoas que deveriam garantir a segurança da princesa eram funcionários do milionário Mohamed Al-Fayed, e que eles não conseguiram mantê-la segura. Uma responsabilidade não-intencional, ela diz, comentando que acredita que o pai de Dodi era um dos homens que eram apaixonados por Diana.
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