Professores de escolas da província de Mendoza, na Argentina, criticaram energicamente o envio pelo Ministério da Educação de livros com conteúdo sexual e violento como material de leitura. Em resposta nesta sexta-feira (9), uma das editoras classificou os questionamentos dos docentes de preconceituosos e incultos.
Os livros enviados a escolas públicas de Mendoza contém cenas explícitas de sexo, lesbianismo, zoofilia, violações de mulheres e imagens pornográficas. Entre os livros está "O Inspetor justo e outras histórias", um quadrinho policial com cenas de sexo e violência. Os professores alegaram que o vocabulário e as imagens não eram adequadas para os alunos.
"Temos que oferecer um conhecimento alternativa ao lixo mostrado na televisão e em alguns portais na Internet", afirmou o diretor da escola Villanueva de Maipú, Osvaldo Calvente, em declarações ao jornal "Clarín". - Quando mostramos os textos (do 'Inspetor justo e outras histórias') à supervisora, ela se surpreendeu com o conteúdo erótico.
Aurelio Narvaja, por sua vez, responsável pela editora Colihue e um dos membros mais importantes do grupo intelectual kirchnerista "Carta Abierta", se solidarizou com os autores, ilustradores e editores das obras questionadas.
"Se uma situação de violência, narrada da forma que seja, pode ser considerada promoção da violência, teria que retirar de circulação literatura policial. Com os mesmos critérios deveriam ser considerados Bram Stoker, autor de Drácula, promotor do vampirismo", disse ele.
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