O escritor peruano Mario Vargas Llosa disse que a proposta do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de se debater a política "nunca foi séria" e descartou participar neste sábado de uma edição especial de seu programa de rádio e televisão "Alô, Presidente", informa a edição on-line do jornal peruano El Comercio. Llosa acrescentou que Chávez, na verdade, pretendia manter um "monólogo autista", segundo o jornal.

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O convite foi feito por Chávez ao escritor e também o ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda e o historiador mexicano Enrique Krauze, que estão em Caracas participando do fórum "Liberdade e Democracia", organizado por uma entidade privada que é opositora ao governo. Os três concordaram em assistir ao programa, mas propuseram que o debate fosse entre Llosa e Chávez. Mais tarde, de acordo com o jornal argentino Clarín, Chávez afirmou que "poderia ajudar moderando, mas que o debate seria entre intelectuais. Eu sou presidente". "Dizem que aceitam. Mas aceitam somente entre duas pessoas, Chávez e Vargas Llosa. É uma tristeza", disse Chávez, segundo o Clarín. "Não querem discutir, querem um show", afirmou o presidente venezuelano, acrescentando que Vargas Llosa "deve primeiro chegar à presidência" para debater com ele.

Llosa qualificou o convite de Chávez de "zombeteiro" e "insultante", o qual lhe lembrou os "caudilhos sul-americanos".

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