O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, instruiu sua chancelaria ontem para que suspenda uma ação contra o governo do Brasil na Corte Internacional de Justiça. A informação foi divulgada hoje no site do jornal local "La Tribuna".
A denúncia contra o Brasil havia sido feita durante o governo do presidente de facto Roberto Micheletti. Segundo Lobo, o país não deve seguir amarrado a questões como essa, no momento em que busca o reconhecimento da comunidade internacional.
Honduras passou por um golpe em 28 de junho passado, quando foi derrubado o presidente Manuel Zelaya. O golpe foi condenado internacionalmente, levando o país a ser suspenso de vários órgãos, como a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Lobo disse ontem que não participará de uma reunião do Grupo do Rio, marcada para este fim de semana no México, porque não foi convidado. Ele também pediu ao corpo diplomático hondurenho que denuncie a retirada de Honduras da OEA. O presidente afirmou confiar que a comunidade internacional irá "reconhecer plenamente" o novo governo.
Micheletti havia denunciado o Brasil em outubro por permitir que Zelaya ficasse abrigado na embaixada brasileira em Tegucigalpa. Na ocasião, autoridades do governo de facto afirmaram que Zelaya ameaçava "a paz e a ordem pública interna em Honduras", lembrou o "La Tribuna".
Em entrevista coletiva ao lado de Lobo, o ministro das Relações Exteriores do Canadá, Peter Kent, afirmou apoiar os esforços do país para retornar à comunidade internacional. "O Canadá não impõe condições a seus amigos e está pronto para auxiliar o governo eleito democraticamente pelo povo de Honduras", afirmou Kent em Tegucigalpa.
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