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Moscou – O local de pouso das naves russas representa uma ameaça à parte para os tripulantes de uma missão espacial. Há perigos como ataques de lobos e de grupos de bandidos que vivem nas estepes do Casaquistão. E pouso não é exatamente a palavra mais precisa para descrever o retorno. Na verdade, a cápsula com os tripulantes é praticamente arremessada em direção à Terra. Como não há muita precisão nas manobras, ela é direcionada às estepes do Casaquistão, uma região semideserta.

Ao pousarem, os cosmonautas normalmente estão muito enfraquecidos. A permanência no espaço causa perda de massa muscular e óssea em razão da ausência de gravidade. Por conta das eventualidades, o treinamento na Cidade das Estrelas (Rússia) inclui um curso especial sobre as dificuldades em diferentes locais e situações de pouso.

Os cosmonautas são treinados para sobreviver a temperaturas de menos 30º C só com a roupa que levam no corpo por pelo menos três dias. Têm condições, inclusive, de ficar em meio à nevascas, comuns na região. Também treinam para agüentar pelo mesmo período de tempo um calor de mais de 50º C com apenas uma garrafinha de água.

Os cosmonautas são capazes de usar facas e armas de fogo não apenas para se defender, mas também para caçar se for preciso. A caixa de primeiros-socorros a bordo da cápsula inclui remédios, água, facões e revólveres. Três dias é o tempo máximo calculado para a chegada das equipes de resgate a qualquer lugar do deserto, por mais remoto que seja. É por isso também que o grupo de resgate é formado por um avião, nove helicópteros e três carros.

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