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Dinamarca

Locutor de rádio mata filhote de coelho durante transmissão e gera revolta

Imagem do coelho Allan publicada pouco antes de sua morte, na segunda-feira | /Divulgação
Imagem do coelho Allan publicada pouco antes de sua morte, na segunda-feira (Foto: /Divulgação)

A estação de radio dinamarquesa 24SYV disse que estava apenas “cumprindo seu papel de estimular o debate” sobre bem-estar animal, quando o apresentador de um programa matou um filhote do coelho com uma bomba de bicicleta durante transmissão na segunda-feira.

Segundo o jornal The New York Times, Jorgen Ramskov, editor-chefe da estação, argumentou que “há muita hipocrisia quando se trata do bem-estar dos animais”.

O coelho Allan, de apenas nove semanas, foi sacrificado durante um programa do locutor Asger Juhl e um vídeo foi publicado no site da emissora, o que inflamou a opinião pública. Juhl havia publicado foto com o animal pouco antes do ocorrido e postou em sua página no Facebook.

Após o programa, foi publicado um outro vídeo em que, supostamente, a carne de Allan era cozida. Juhl e Kristoffer Eriksen, o outro apresentador, comeram-na logo em seguida.

Logicamente o caso gerou muita repercussão – negativa, majoritariamente. Imediatamente muitos internautas protestaram via redes sociais e a hashtag #allangate virou trend topic no país. “Por favor, assinem e repassem. Isso tem que ser penalizado”, dizia um dos dinamarqueses revoltados em seu twitter, mostrando o link de um abaixo-assinado.

Uma repercussão que Ramstov esperava. “Na Dinamarca, falam em direitos animais como uma coisa boa para só alguns tipos de animais e, francamente, não se importam com aqueles usados na pecuária, como vacas, porcos, cordeiros ou frangos”, disse.

Segundo o editor-chefe, os dinamarqueses têm um apetite voraz por carne e os consumidores não hesitam em comprar produtos baratos. “Eles não questionam se os animais que forneceram aquela carne de baixo custo tiveram uma criação digna”, apontou.

“Tirar a vida de um animal tem uma repercussão sentimental muito grande no público. Mas fizemos questão de consultar um profissional de um zoológico para que ele não sofresse”, completou.

Apesar de ter gerado o debate que esperava, o editor-chefe da emissora se diz desapontado com a superficialidade. “Infelizmente muito da discussão ficou apenas na morte do coelho”.

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