A libertação de seis reféns sequestrados pelas Farc na Colômbia demorará pelo menos mais 12 dias porque o Brasil não está preparado para ceder de imediato os helicópteros e o apoio logístico necessários à operação, informou no domingo uma fonte próxima do processo.
Esperava-se que a entrega do ex-governador Alan Jara, do departamento de Meta, do ex-deputado Sigifredo López, de três policiais e de um soldado ocorresse nesta semana, depois que a Colômbia autorizou o Brasil a dar apoio logístico à libertação.
"O Brasil não estava preparado para iniciar de imediato a operação. Precisa enviar uns delegados para analisar as possíveis distâncias que devem voar os helicópteros e as necessidades logísticas", disse à Reuters a fonte.
"Esta situação tem provocado a preocupação dos familiares e das pessoas envolvidas na operação porque se atrasa ainda mais a libertação dessas pessoas que têm permanecido por anos privadas da liberdade no meio da selva."
O Brasil anunciou na sexta-feira que participará do processo de libertação cedendo dois helicópteros e a logística, mas esclareceu que seu papel não será de mediador nem político.
As Farc anunciaram há mais de um mês a libertação unilateral dos seis reféns, mas a entrega tem sido atrasada por problemas logísticos e por causa da exigência da guerrilha de que um representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha participe do processo.
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