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Londres – Suspeitas de que os atentados contra Londres foram executados por terroristas suicidas aumentaram, ontem, no mesmo dia em que a polícia britânica anunciou a primeira prisão relacionada aos ataques mais sangrentos contra a cidade de Londres desde a 2.ª Guerra Mundial. A polícia disse ter identificado quatro suspeitos de terem plantado as bombas, e que é "muito provável" que um dos responsáveis tenha morrido na explosão que provocou.

Mas a Scotland Yard evitou proclamar que os ataques – que resultaram em 52 mortos e 700 feridos – tenham sido atentados suicidas. A tevê Sky News, no entanto, citando fontes entre as autoridades, afirmou que os investigadores "trabalham com a hipótese de que os homens eram suicidas e morreram nas explosões". Se a teoria do ataque suicida for comprovada, este será o primeiro atentado do tipo já registrado na Europa Ocidental.

Também é provável que os quatro principais suspeitos tenham viajado juntos de trem para Londres no dia das explosões. A polícia britânica tem imagens deles na estação ferroviária, feitas pelo circuito fechado de tevê. "Logo no início, a investigação nos levou a acompanhar os movimentos de quatro homens, três dos quais da área de West Yorkshire", disse o chefe do esquadrão antiterrorista da Scotland Yard, Peter Clarke.

Ele informou que um homem – cuja identidade não foi divulgada – foi preso em West Yorkshire, e encaminhado a Londres para ser interrogado. A polícia britânica realizou uma "batida" na região, ontem. Clarke declarou que os seis locais de West Yorkshire revistados pelas autoridades incluem as casas de três dos suspeitos de executar os atentados. A polícia divulgou os nomes de duas outras vítimas dos atentados ontem, elevando a cinco o total de mortos identificados.

Caçada

O ministro da Economia do Reino Unido, Gordon Brown, disse ontem que depois dos atentados em Londres "a Europa se mantém unida como ocorreu após os (ataques) de Madri", e afirmou que "não haverá esconderijo seguro para os terroristas". Em entrevista coletiva após a reunião do Conselho de Economia e Finanças da União Européia, Brown disse que o atentado em Londres é "uma afronta aos valores democráticos" do bloco. Por isso, acrescentou, "falaremos com uma só voz" na luta contra pela justiça e liberdade, que "não vai parar porque o terrorismo jamais vencerá a democracia".

Na luta contra o terrorismo, o ministro britânico destacou especialmente a importância de modernizar os sistemas de controle do financiamento do terrorismo e da lavagem de dinheiro. Por isso, Brown considerou que negar acesso ao financiamento para que os terroristas fiquem isolados "o mais breve possível" é uma medida preventiva "essencial". Como exemplo, citou seu país, onde a legislação sobre movimentos bancários, que obriga as entidades a informar sobre operações suspeitas, permitiu o bloqueio de 375mil libras em 45 contas bancárias.

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