O Reino Unido não está nem planejando nem defendendo uma ação militar contra o Irã por causa de seu programa nuclear ou por causa da ameaça de fechar o Estreito de Ormuz, afirmou nesta terça-feira (24) o secretário da Defesa britânico William Hague. Uma fragata britânica se uniu, no fim de semana, a uma flotilha internacional que está na estratégica rota marítima e Londres disse que pode enviar reforços, se o Irã colocar em prática suas ameaças de retaliação contra as novas sanções impostas ao país.
Mas Hague afirmou que a crescente pressão diplomática contra Teerã por causa de seu programa nuclear, dentre elas a decisão de segunda-feira da União Europeia de proibir as importações de petróleo iraniano, têm como objetivo afastar a possibilidade de um conflito.
"Eu enfatizo que não estamos convocando ou defendendo uma ação militar", disse Hague aos legisladores na Câmara dos Comuns, onde foi chamado para responder uma pergunta urgente sobre o Irã.
"É o trabalho de nossas Forças Armadas estar preparada para qualquer contingência. Mas não estamos convocando uma situação desse tipo. Nós já conseguimos introduzir sanções efetivas porque não queremos um conflito militar", afirmou ele.
Mas apesar de destacar as razões pacíficas para o envio de embarcações de guerra para a região, Hague deixou claro que qualquer tentativa do Irã de fechar o Estreito de Ormuz "será mal sucedida". "Qualquer tentativa do Irã de bloquear o estreito será ilegal e mal sucedida."
Dois navios de guerra - um francês e outro britânico - e um porta-aviões norte-americano, o USS Abraham Lincoln, entraram no Golfo no domingo para advertir o Irã de que qualquer interferência na navegação global não será tolerada, afirmou Hammond aos repórteres.
O ministro da Defesa britânico negou-se a dar detalhes específicos sobre que materiais ou quantos militares estão atualmente no Golfo Pérsico, mas disse que há cerca de 1.500 militares na região a leste de Suez, que inclui o Oriente Médio e o Oceano Índico. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.