Entenda o caso
São Paulo O Reino Unido anunciou ontem a expulsão de quatro diplomatas russos, em resposta à decisão do Kremlin de não extraditar o empresário e ex-agente Andrei Lugovoi, principal suspeito do envenenamento em novembro último, em Londres, de Alexander Litvinenko.
O anúncio das quatro expulsões foi feito em sessão do Parlamento pelo novo ministro britânico das Relações Exteriores, David Miliband. Ele argumentou que a decisão se deve ao fato de o governo russo não ter respondido de maneira apropriada à morte "horrível e vagarosa'' de Litvinenko, também um ex-agente da inteligência russa que havia se exilado em Londres e já era portador da nacionalidade britânica.
Em Berlim, onde se encontrava ontem, o primeiro-ministro, Gordon Brown, disse que não se "desculparia'' pelas expulsões e que, apesar de tudo, quer ter um bom relacionamento com o Kremlin.
Em Moscou, o porta-voz da diplomacia russa, Mikhail Kamynin, qualificou a reação de Londres de "imoral'' e disse que ela fazia parte da encenação destinada a politizar o caso Litvinenko. O porta-voz não informou se seu governo planejava retaliar na mesma moeda, com a provável expulsão de diplomatas britânicos.
A diplomacia britânica não divulgou, até o início da noite, os nomes dos quatro diplomatas russos a serem expulsos. O governo britânico também suspendeu os mecanismos de rápida concessão de vistos para cidadãos russos.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião