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Extradição

Londres indicia ex-espião da KGB

Tesla Roadster 100 é vendido por US$ 98 mil nos EUA | Divulgação/ Tesla Motors
Tesla Roadster 100 é vendido por US$ 98 mil nos EUA (Foto: Divulgação/ Tesla Motors)

São Paulo – A Justiça britânica pediu ontem ao governo de Moscou a extradição do ex-espião da KGB (polícia secreta soviética) e empresário russo Andrei Lugovoi, acusado de ser o responsável pela morte por envenenamento do espião Alexander Litvinenko, em novembro de 2006, em Londres.

As autoridades russas afirmaram ser "altamente improvável’’ que Lugovoi seja extraditado para o Reino Unido, argumentando que o Artigo 61 da Constituição russa não permite tal medida. O pedido de extradição tem base na Convenção Européia sobre Extradição, assinada pelo Conselho da Europa em 1957, da qual a Rússia é signatária. Porém, de acordo com o Artigo 6 do documento, a Rússia tem o direito a recusar a extradição. Caso isso ocorra supõe-se que o caso seja julgado pelas autoridades locais.

Lugovoi se declara inocente e argumenta ser testemunha e vítima do caso. "Acho que esta decisão é política, não matei Litvinenko’’, afirmou. O pedido de extradição deve contribuir para esfriar mais as relações entre Londres e Moscou, já estremecidas em virtude desta misteriosa morte em solo britânico e dos recentes conflitos entre a União Européia (UE) e a Rússia em torno de questões como o escudo antimísseis que os EUA pretendem construir no leste europeu.

Litvinenko começou a passar mal poucas horas depois de tomar chá com Lugovoi em um bar no Hotel Millennium, em Londres, e morreu depois de passar três semanas no hospital. Exames médicos constataram que ele foi envenenado com polônio-210, um material radioativo altamente nocivo que precisa ser inalado ou ingerido para provocar danos.

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