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Familiar durante cerimônia, em São Petesburgo, em lembrança às vítimas do acidente aéreo do fim de semana | STRINGER/RUSSIA/REUTERS
Familiar durante cerimônia, em São Petesburgo, em lembrança às vítimas do acidente aéreo do fim de semana| Foto: STRINGER/RUSSIA/REUTERS

A Inglaterra afirmou nesta quinta-feira (5) que há uma significativa possibilidade de que um grupo afiliado ao Estado Islâmico esteja por trás de um suposto ataque a bomba que derrubou um avião russo sobre o Egito no fim de semana passado, matando 224 pessoas.

Quando perguntado se pensava que militantes do Estado Islâmico estariam por trás do desastre, o secretário inglês de Relações Exteriores, Philip Hammond, disse: “O Província do Sinai reivindicou responsabilidade por derrubar a aeronave russa, fizeram isso logo após a queda.”

“Olhamos todas as informações, incluindo a reivindicação, mas claro que outras informações também, e concluímos que há uma possibilidade significativa”, disse à rede de TV Sky.

O governo britânico anunciou também que está preparando medidas de emergência para retirar os cidadãos de férias no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh para o Reino Unido. Segundo as autoridades britânicas, cerca de 20 mil viajantes do Reino Unido na região do Mar Vermelho são afetados pela suspensão dos voos.

Reino Unido diz que bomba pode ter derrubado avião russo e suspende voos para região

O governo britânico afirma estar cada vez mais preocupado com a possibilidade de que o avião russo da Metrojet, que caiu no Egito no último sábado (31), tenha sido derrubado por uma bomba e, por isso, decidiu suspender os voos com destino à península do Sinai ou oriundos do local.

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A medida, no entanto, foi criticada por autoridades russas e egípcias. Para Moscou, que prometeu continuar voando para o Sinai, ainda é muito cedo para especular as causas da queda e a suspensão dos voos. O Kremlin disse ainda que a suspensão dos voos é uma manobra para pressionar a Rússia sobre os ataques na Síria, segundo o político russo Konstantin Kosachyov.

“Qualquer versão do que ocorreu e as razões apontadas só podem ser determinadas por uma investigação, e ainda não temos nenhum resultado do inquérito”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a jornalistas. Qualquer outra explicação parece ser informação não verificada ou algum tipo de especulação.

O premiê Dmitry Medvedev também disse ser cedo para tirar conclusões sobre as causas do acidente, mas ordenou que sejam estudadas medidas de segurança adicionais.

Resposta

No Egito, o presidente Abdel Fatah al-Sisi rejeitou mais uma vez a possibilidade de que terroristas derrubaram o avião russo, enquanto o ministro da Aviação do país, Hossam Kamal, anunciou que não há indicação para sugerir que uma explosão derrubou a aeronave.

“A hipótese de uma detonação no avião russo não está baseada em fatos e o Egito quer que a investigação seja completa e minuciosa a fim de estabelecer os fatos”, afirmou Hosam Kamal.

Sisi se encontra em Londres com o primeiro ministro David Cameron.

Avião cai no Sudão do Sul e deixa ao menos 41 mortos

Um avião de carga russo com passageiros a bordo caiu nesta quarta-feira (4) após decolar do aeroporto na capital do Sudão do Sul, matando pelo menos 41 pessoas na aeronave e no solo, disseram uma autoridade e uma testemunha à Reuters.

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“A equipe de investigação ainda não tem qualquer evidência ou dado que confirme a hipótese (de bomba)”, declarou Kamal em comunicado, afirmando ainda que o Egito adere aos padrões de segurança internacional em todos os aeroportos do país.

Na declaração, o ministro afirma que voos continuam chegando ao aeroporto de Sharm el-Sheikh, com 23 vindos da Rússia programados para pousar nesta quinta-feira, três da Itália e dois da Arábia Saudita, além de 22 voos domésticos.

No balneário egípcio, o clima é de ansiedade. A britânica Amy Watson, hospedada no Sharm el-Sheikh, disse que a decisão britânica de cancelar os voos levou pânico ao resort, mas se mostrou favorável à decisão, destacando que os turistas estavam sendo bem tratados.

O Airbus A321M da companhia Kogalymavia — que opera sob o nome de Metrojet — decolou do balneário de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, a São Petersburgo quando perdeu contato 23 minutos após a decolagem no sábado. A aeronave caiu na Península do Sinai, e todas as 224 pessoas a bordo morreram.

Vítimas são enterradas

Enquanto isso, as primeiras vítimas da tragédia começam a ser enterradas. Em Novgorod, cidade de 20 mil habitantes ao sul de São Petersburgo, Nina Lushtshenko, de 60 anos, foi enterrada na presença de parentes e amigos.

“Ainda não acredito no que aconteceu”, disse à AFP, Tamara Timofeieva, que trabalhava com a mulher.

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