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O uruguaio José Mujica passou a liderança do Mercosul para Cristina Kirchner | Pablo La Rosa/Reuters
O uruguaio José Mujica passou a liderança do Mercosul para Cristina Kirchner| Foto: Pablo La Rosa/Reuters

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Equador pede para ingressar no bloco

Os presidentes do Mercosul receberam na terça-feira o pedido formal de ingresso do Equador no Bloco, durante a Cúpula de Montevidéu. O presidente uruguaio, José Mujica, que entregou a presidência do bloco à argentina Cristina Kirchner, anunciou a criação de um grupo de trabalho para definir as etapas que Quito deve cumprir visando seu pleno ingresso no Mercosul. Este grupo de trabalho deverá apresentar ao Conselho Mercado Comum do Mercosul os resultados de suas análises no prazo de 180 dias. Enquanto isso, a Venezuela aguarda uma fórmula para permitir sua adesão, bloqueada pelo Parlamento paraguaio.

O Reino Unido declarou ontem que está muito preocupado com a decisão dos países do Mercosul de impedir que barcos com a bandeira das Malvinas atraquem em seus portos, ao afirmar que esta declaração não tem qualquer justificativa. "Estamos muito preocupados com esta última tentativa da Argentina em isolar a população das ilhas Falklands [denominação britânica das Malvinas] e prejudicar seus sustentos, o que não tem qualquer justificativa", afirmou o ministério britânico das Relações Exteriores.

Os países do Mercosul com litoral – Brasil, Argentina e Uruguai – acertaram na cúpula do bloco, na terça-feira, em Montevidéu, impedir que barcos com a bandeira das Malvinas atraquem em seus portos. A declaração assinada pelos líderes do Bloco estabelece que os três países adotarão "todas as medidas necessárias (...) para impedir o ingresso em seus portos de barcos com a bandeira ilegal das Ilhas Malvinas".

O texto destaca que as embarcações rejeitadas por este motivo em algum porto da região "não poderão solicitar o ingresso em outros portos dos demais membros do Mercosul ou de Estados associados...". Além de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o Mercosul tem como Estados associados Equador, Peru, Colômbia e Chile, enquanto a Venezuela está em processo de plena adesão.

A soberania das Ilhas Malvinas [Falklands para a Grã-Bretanha], situadas a 400 milhas marítimas da costa da Argentina e ocupadas pelo Reino Unido em 1833, tem sido reclamada com insistência por Buenos Aires junto às Nações Unidas e a outros organismos internacionais. A Grã-Bretanha venceu a curta e sangrenta guerra nas Malvinas, em 1982, declarada após o regime militar argentino enviar tropas para invadir as ilhas no dia 2 de abril de 1982. Em 14 de junho, as forças argentinas se renderam, após a morte de 649 soldados argentinos e 255 militares britânicos.

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