Os chefes de Estado do Mercosul resolveram castigar a classe política do Paraguai por ter quebrado a ordem democrática, afirmou nesta sexta-feira (29) o presidente deposto Fernando Lugo, em um comunicado lido após reunião do bloco na cidade argentina de Mendoza.
"Os chefes de Estado do Mercosul decidiram castigar a classe política paraguaia pela ruptura da ordem democrática, evitando adotar qualquer medida econômica que prejudique o povo paraguaio", disse o ex-presidente, destituído por um impeachment relâmpago.
O Mercosul decidiu nesta sexta-feira suspender o Paraguai até as eleições de abril de 2013, e anunciou que a Venezuela, cujo ingresso era barrado pelo Congresso paraguaio, passará a membro pleno do bloco no dia 31 de julho.
Lugo observou que "a democracia da região decidiu punir a classe política paraguaia por violar a constituição e toda a jurisprudência nacional e internacional sobre o direito à defesa e ao devido processo". Todo o processo de impeachment durou pouco mais de 24 horas.
O ex-presidente afirmou que a decisão contra o governo paraguaio "se ajusta às normas vigentes no Mercosul".
"Tais normas foram elaboradas justamente como resposta à ameaça de interrupção do processo democrático paraguaio em 1996".
O Mercosul "consolidou mecanismos de defesa da democracia no que se conhece como acordo de Ushuaia".
Lugo estimou que a decisão dos chefes de Estado do Mercosul "mostra que a suspensão das sanções depende do restabelecimento da ordem democrática no Paraguai".
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