O ex-presidente do ParaguaiFernando Lugo não deve participar da reunião de Cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina, marcada para a próxima sexta-feira (29). Apesar de ter dito anteriormente que iria participar da reunião, Lugo afirmou nesta terça-feira (26) que pode reconsiderar sua decisão de comparecer ao encontro para não pressionar e nem colocar os mandatários do bloco em "uma situação desconfortável", informou a agência de notícias públicas do Paraguai, IP Paraguay.
A reunião é para discutir a crise política no Paraguai, agravada após o impeachment de Lugo na sexta-feira (22), quando o vice Federico Franco assumiu a presidência. O país foi suspenso provisoriamente do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Agora, os paraguaios temem sanções mais rigorosas por parte das nações vizinhas.
A situação do Paraguai é tema também de uma sessão extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA), na capital norte-americana Washington, sede da entidade. O secretário-geral geral da OEA, José Miguel Insulza, cancelou uma viagem para o Peru, onde estava prevista sua participação em uma conferência sobre drogas, para se dedicar às discussões a respeito da situação política no Paraguai. É a segunda vez que a organização se manifestará sobre o país.
Na véspera da destituição de Lugo, no dia 21, a entidade pediu às autoridades paraguaias para respeitar o direito de defesa do ex-presidente Fernando Lugo e as instituições democráticas.
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