O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, retirou nesta quinta-feira (13) do Senado o pedido para a entrada da Venezuela no Mercosul, segundo seu assessor legal Emilio Camacho. O funcionário não deu explicações para o recuo.
Nos últimos dias, senadores de diferentes partidos políticos opositores, que dominam o Parlamento, adiantaram que rechaçarão a entrada da Venezuela. "Até que o presidente Hugo Chávez não dê arestas democráticas a seu governo, seu ingresso no Mercosul não será possível", afirmou o senador Miguel Carrizoza, presidente do Congresso, da sigla opositora Patria Querida.
Julio César Velázquez, do também opositor Partido Colorado, apontou que "o governo de Chávez atenta contra uma instituição democrática, a liberdade de imprensa e de expressão, então é difícil que ingresse no Mercosul".
Já Carlos Filizzola, do partido País Solidario, da situação, apontou que "não é Chávez o ponto, é a Venezuela como país". "Deveríamos aprovar a incorporação venezuelana, porque para a região representa um mercado gigantesco", afirmou Filizzola.
A Venezuela obteve, no ano passado, o respaldo dos Parlamentos de Argentina e Uruguai. Os congressistas brasileiros, porém, como os paraguaios, opõem-se à entrada do país na entidade.
O Mercosul é um bloco regional aduaneiro integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Como membros associados estão Bolívia e Chile. As informações são da Associated Press.
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