Luigi Mangione, acusado de matar o CEO da seguradora de saúde UnitedHealthcare, Brian Thompson, em Nova York, no último dia 4, foi indiciado nesta terça-feira (17) por um grande júri por homicídio em primeiro grau, uma acusação geralmente reservada para o assassinato de policiais ou assassinos em série.
A acusação formalizada pela promotoria da Suprema Corte de Nova York aponta que Mangione matou Thompson para “promover um ato de terrorismo” que “tinha a intenção de intimidar ou coagir uma população civil, influenciar as políticas de um departamento do governo por meio de intimidação ou coerção e afetar a vida humana”.
Mangione, de 26 anos, enfrenta um total de 11 acusações em Nova York, incluindo duas por assassinato em segundo grau, uma como crime de terrorismo pelo disparo à vista de todos, "seletivo e premeditado", de acordo com o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg.
Em entrevista coletiva, ele enfatizou que o objetivo do assassinato era “causar terror” e que “esse não foi um assassinato comum”.
O réu pode pegar uma sentença máxima de prisão perpétua sob a acusação de assassinato em primeiro e segundo graus como crime terrorista (não há pena de morte em Nova York), disse a comissária do Departamento de Polícia nova-iorquino, Jessica Tisch, também na coletiva.
Mangione é acusado de outros sete crimes relacionados a posse de armas e a um por posse de “um instrumento forjado”.
Mangione tem uma audiência marcada para a manhã desta quinta-feira (19) no estado da Pensilvânia para discutir sua transferência para Nova York.
Por sua vez, Tisch criticou a crescente demonstração de apoio a Mangione em redes sociais.
“Testemunhamos uma celebração chocante e terrível de assassinato a sangue frio (...). Não há heroísmo no que Mangione fez. Foi um ato de violência sem sentido, um crime frio e calculado que roubou uma vida”, afirmou.
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