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Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou ontem o golpe de Estado em Honduras, disse que não reconhece o novo governo e determinou que o embaixador brasileiro em Honduras, Brian Michael Fraser Neele, não retorne ao posto.

Neele, que está em férias no Brasil, voltaria a Tegucigalpa nos próximos dias, mas o Itamaraty informou que, "à luz dos acontecimentos, por ora, o embaixador ficarᒒ.

Lula afirmou que reconhecerá apenas o governo de Manuel Zelaya, deposto por militares no dia em que promovia uma consulta para respaldar uma nova Assembleia Constituinte.

"Não tem contemporização, não tem meio termo. Nós não podemos aceitar ou reconhecer qualquer novo governo que não seja o presidente Zelaya, porque ele foi eleito diretamente pelo voto, cumprindo as regras da democracia’’, afirmou.

Lula disse que nenhum país da América do Sul pode admitir golpes militares, sob pena de que "vire moda outra vez.’’ "Penso que todos os países da América do Sul, América Latina, México e Estados Unidos estão de acordo que não é possível aceitar isso. A OEA também não aceita. É preciso o isolamento de Honduras enquanto não houver um presidente eleito democraticamente.’’

Lula questionou os motivos que levaram à deposição. "O que um referendo tem de criminoso? Só o medo de ouvir a vontade do povo. Divergência se resolve com debate democrático, não com golpe militar.’’

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