O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje o fato de o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) estar discutindo uma nova resolução que impõe sanções contra o programa nuclear do Irã, depois de o país persa ter anunciado, na última segunda-feira, que havia feito um acordo com Brasil e Turquia sobre o assunto.
Pelo acordo, Teerã enviaria 1,2 mil quilos de urânio pouco enriquecido à Turquia e, em troca, receberia 120 quilos de combustível nuclear para seu reator de pesquisas na capital iraniana. O acerto foi comunicado após encontro dos presidentes dos três países, no Irã, esta semana.
"Há quanto tempo vocês veem essa briga entre Irã e Conselho da ONU, os Estados Unidos e o Irã? O que eles queriam? Que o Irã sentasse e fizesse um acordo. Fomos ao Irã e conseguimos depois de 18 horas de reunião que o Irã fizesse aquilo que o Conselho de Segurança queria que fosse feito há seis meses. E é engraçado que muitas pessoas não gostaram que o Irã aceitasse o acordo", disse o presidente, durante cerimônia de encerramento da Marcha dos Prefeitos, em Brasília. "A verdade é que o Irã, que era vendido como demônio, resolveu sentar na mesa de negociações. Quero ver se os outros vão cumprir aquilo que queriam que o Irã fizesse", continuou o presidente.
Lula também reclamou do que ele chama de complexo de inferioridade do brasileiro e criticou articulistas que escreveram que a ameaça nuclear no Oriente Médio não era assunto do Brasil. "Mas quem é que disse que era coisa dos Estados Unidos também?", pergunta Lula. "Tem gente que não sabe fazer política se não tiver um inimigo. E eu sou aquele que só sei fazer política fazendo amigos."
Dino torna definitivo bloqueio de R$ 4,2 bilhões de emendas indicadas por líderes da Câmara
Acidente na Coreia do Sul é o desastre aéreo mais mortal do mundo nos últimos seis anos
Exército inaugura primeira unidade militar brasileira especializada em destruir tanques
O confronto de Poderes em 2024: vitórias e derrotas entre STF e Congresso