Em pronunciamento ao lado do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que a parceria entre os dois países está fundada em bases econômicas sólidas e afirmou que diferenças de visão sobre assuntos da agenda regional têm sido tratadas com franqueza e sem sobressaltos. Lula mencionou valores dos investimentos americanos no Brasil e lembrou que os negócios entre as duas nações têm crescido. Em visita a Brasília neste domingo, Bush foi recebido por Lula na Granja do Torto, onde tiveram reunião.
- Nossa parceria está fundada em bases econômicas muito sólidas. Os EUA são o primeiro parceiro individual do Brasil, o maior mercado para nossas exportações e a nossa principal fonte de investimentos diretos. Nosso intercâmbio tem crescido a taxa de 7% ao ano. Somente em 2004 recebemos 4 bilhões de dólares de investimentos norte-americanos - disse Lula.
Segundo o presidente brasileiro, ele e Bush compartilham da mesma visão otimista sobre as relações bilaterais:
- Foram muitos os avanços desde nossa primeira reunião em 2003. Os grupos de trabalho que criamos sobre crescimento em agricultura e energia trouxeram resultados significativos. Decidimos agora avançar em outros campos estratégicos. Vamos iniciar uma cooperação de alto nível em ciência e tecnologia e aprofundar nossas parcerias educacionais em áreas como biodiversidade e agricultura. No campo da saúde, vamos abrir novas frentes de cooperação no combate a moléstias como malária, tuberculose, Aids e ameaças como a pandemia da gripe aviária.
Lula disse ainda que quando seu governo começou não faltaram os que previam deterioração na relação com os EUA. Eles se equivocaram, ressaltou o presidente, para acrescentar em seguida que os dois países têm sabido valorizar suas afinidades e lidar de forma tranqüila com as diferenças.
- Compreensíveis diferenças da agenda regional foram tratadas com franqueza, sem sobressaltos ou confrontação - afirmou o presidente brasileiro.
Em um momento de seu discurso, Lula parou para beber água e comentou com assessores: "o presidente Bush também precisa de água".
Lula encerrou seu pronunciamento voltando-se para o colega:
- Presidente Bush, o que fica para a História não são apenas nossas decisões de alcance imediato. O que importa são aquelas iniciativas que levam em conta as futuras gerações e a necessidade de enfrentar e resolver os grandes desafios do nosso tempo.
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